Os papéis da JBS encerraram o dia com uma desvalorização de 3,95%, cotados a R$ 8,50 na Bolsa de Valores. Foi a maior baixa do pregão desta segunda-feira da bolsa paulista.
Com essa queda, a companhia encerrou o dia com um valor de mercado de 23,194 bilhões de reais, uma queda de 955 milhões de reais em relação ao pregão de sexta-feira, segundo cálculos da consultora Economatica. Na sexta, a companhia estava avaliada em 24,149 bilhões de reais.
A queda desta segunda-feira acontece após assembleia extraordinária de acionistas realizada no sábado à noite, que nomeou José Batista Sobrinho, o Zé Mineiro, para a presidência da companhia. Ele entra no lugar do filho Wesley Batista, preso na semana passada.
A desvalorização dos papéis da JBS indica a insatisfação do mercado com a solução adotada pela companhia para a substituição de Wesley. A expectativa era de que a companhia buscasse uma administração profissional sem ligações com a família.
O BNDES, que detém 21,31% da JBS, defende o afastamento da família Batista do controle da companhia, além da responsabilização pelos prejuízos causados.
“O que nós queremos na JBS é a boa governança, assim como exigimos de todas as empresas em que o BNDES tem participação acionária. Essa é a condição básica para receber apoio financeiro do banco. A JBS está descumprindo uma obrigação nessa relação, que é ter uma governança impecável”, diz em nota o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro.