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Jean Paul admite mudança na política de preços de combustíveis

Paridade com preço de importação deve ser deixada de lado, afirmou presidente da Petrobras, em sua primeira entrevista coletiva

Por Ricardo Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 mar 2023, 18h32 - Publicado em 2 mar 2023, 16h27

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, admite que a empresa deve mudar a política de preços dos combustíveis em sua gestão. Atualmente a companhia mantém a chamada Paridade de Preços de Importação (PPI), que acompanha o valor praticado internacionalmente. A política é um dos principais pontos de crítica por parte da equipe econômica do governo, já que as oscilações do mercado global acabam se refletindo no cenário nacional.

“O PPI foi essencial para os importadores, não quer dizer que foi para a Petrobras. Houve uma decisão no passado de que a Petrobras não tivesse mais a obrigação de suprir todos os mercados, como se fazia na época em que a empresa mantinha o monopólio da distribuição. Isso acabou. Se a empresa é mais competitiva em determinados mercados, por que eu tenho que aceitar fazer o preço do concorrente? Isso não é subsidio, é o melhor preço que a gente é capaz de praticar. Em qualquer produto é assim”, ressaltou ele, durante a primeira entrevista coletiva que concedeu, na sede da companhia, no Rio de Janeiro.

Apesar de sinalizar com a mudança, o novo presidente da companhia garantiu que não vai comprometer resultados para praticar preços abaixo do valor internacional. “Não vou aniquilar ou canibalizar minha margem, mas posso disputar o mercado com quem importa. Por que não? Intervencionista era o governo anterior, que obrigava a praticar o preço do concorrente. Se é mercado, vamos jogar o jogo do mercado”, disse.

Jean Paul Prates tratou de assegurar que a companhia não vai se afastar do mercado internacional, mas ressaltou que o preço de importação não será a única referência no estabelecimento do valor dos combustíveis. No entanto, ele não especificou quais serão os outros parâmetros. “Isso será discutido ainda”, afirmou.

Questionado quanto ao uso da empresa para controle inflacionário, o presidente sinalizou que condena a política praticada em governos anteriores do PT, quando a empresa segurava o preço do combustível. “Talvez a gente tenha transitado de uma gestão exagerada para um lado e foi exageradamente para outro. (Abandonar o PPI) não é confuso, são as regras do mercado, que é composto de milhares de players. Vamos disputar ponto a ponto de mercado. Eu não entendo que essa crítica (de abandono do PPI) venha de quem defende o livre mercado”, completou.

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