A 14ª rodada de leilão de licitação de campos de petróleo e gás, realizada nesta quarta-feira, rendeu ao governo 3,8 bilhões de reais em arrecadação. O valor é recorde para negociações do tipo, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Foi a primeira rodada de licitações desde 2015.
O valor superou tanto as expectativas da ANP (500 milhões de reais) como do Ministério de Minas e Energia (1 bilhão de reais). Dois dos blocos concentraram 3,4 bilhões de reais em bônus de assinatura. O de maior valor, localizado na Bacia de Campos (RJ), foi arrematado por um consórcio formado pela Petrobras e pela ExxonMobil Brasil, por 2,24 bilhões – foi o mais caro já vendido pela ANP.
Apesar da arrecadação recorde, apenas 37 dos 287 blocos colocados à venda foram negociados. Ao todo, vinte empresas, de oito países, participaram do leilão. A assinatura dos contratos está prevista para ocorrer até o dia 31 de janeiro de 2018.
A ANP fará outras duas rodadas de licitação, no dia 27 outubro, para leiloar campos de exploração da área do pré-sal
Comemoração
O resultado do processo foi comemorado pelo presidente Michel Temer no Twitter. Assim como em seu post sobre o leilão de hidrelétricas da Cemig, ele destacou o valor acima das previsões iniciais como sinal positivo dado pelos investidores. “A confiança está de volta!”, escreveu.
A ANP disse em comunicado que o sucesso do leilão reflete as mudanças regulatória adotadas pelo governo. Dentre elas, a” retirada do conteúdo local como critério de oferta na licitação, royalties diferenciados para áreas de nova fronteira e bacias maduras com maiores riscos e incentivos para o aumento da participação de pequenas e médias empresas”, disse a agência estatal.