A leitura do voto complementar à reforma da Previdência, que deveria ter acontecido nesta quinta-feira, 27, deve ser realizada na próxima terça-feira 2, no período da tarde, na comissão especial que analisa a matéria. A informação é de líderes que estiveram reunidos agora pela manhã com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Segundo o líder do Novo na Câmara, deputado Marcel Van Hattem (RS), terça-feira é a data provável de leitura do voto complementar do relator Samuel Moreira (PSDB-SP), após a reunião de Maia com governadores, que deve ocorrer pela manhã.
“O mais sensível agora é ter os votos desses governadores (para incluir os estados na reforma)”, disse Van Hattem ao deixar a residência oficial da Presidência da Câmara.
Os líderes esperam para incluir os estados na reforma a “contrapartida” dos governadores, que são os votos das bancadas estaduais. O líder do Novo disse que seu partido defende “que o melhor é uma boa reforma mesmo que com demora”.
O líder do Podemos, José Nelto (GO), deixou o encontro dizendo que o esforço é para votar a reforma da Previdência na semana que vem na comissão especial e no plenário da Câmara.
Também presente ao encontro, o líder do Solidariedade, deputado Augusto Coutinho (PE), confirmou que a provável data de votação na comissão é terça-feira e disse que o adiamento da leitura do voto foi motivado, principalmente, pela questão dos Estados e municípios.
Aprovação ainda antes do recesso
Apesar do atraso na leitura do parecer e início da votação na comissão especial, Moreia afirma que ainda é possível votar o texto no plenário da Câmara antes do recesso parlamentar, que começa no dia 18 de julho. Segundo o deputado, o entendimento para que o relatório possa ser lido está quase feito, faltando alinhas apenas alguns pontos com relação aos estados. “Está muito próximo de que governadores possam apoiar texto que foi construído”, disse após reunião com lideranças na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
A reunião ocorreu após deputados decidiram adiar a leitura da complementação de voto do relator na comissão especial enquanto buscam uma solução sobre a extensão das novas regras de aposentadoria a Estados e municípios.
Uma vez aprovada na comissão especial, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma previdenciária seguirá para o plenário, onde tem de ter pelo menos 308 dos 513 votos em dois turnos de votação para ser aprovada e enviada para análise do Senado.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)