ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Lula retira urgência de reforma tributária e libera sabatina de Galípolo

Reforma tributária travava pauta do Senado desde 23 de setembro e ameaçava sabatina de indicado de Lula para presidir o Banco Central

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 out 2024, 15h23

O governo retirou o pedido de urgência para a tramitação do Projeto de Lei Complementar 68/24, que detalha parte da reforma tributária, cujo texto-base foi aprovado no ano passado. Além de atender a um pedido de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também viabiliza a sabatina de Gabriel Galípolo pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, marcada para a próxima terça-feira, 8. A sabatina é parte do rito para avaliar se Galípolo tem condições de suceder Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central (BC) como deseja Lula, a partir de janeiro de 2025.

A arguição de Galípolo corria o risco de não ocorrer, já que a regulamentação da reforma tributária travava a pauta do Senado desde 23 de setembro. Isto porque o projeto foi apresentado em 7 de agosto à Casa e, ao tramitar em regime de urgência, deveria ser votado pelo plenário até 22 de setembro – o que não aconteceu. Como o regimento do Senado determina que, nesta situação, nenhuma outra matéria pode ser votada pelos senadores até a apreciação daquela com pedido de urgência, os trabalhados pararam.

A retirada da urgência é parte de um acordo do governo com Pacheco, que deseja dar mais tempo aos senadores para analisar o PLC 68/24. O próximo passo será a designação do relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O nome mais provável é o de Eduardo Braga (MDB-AM).

Sabatina de Galípolo não deve ter surpresas

Já a sabatina de Gabriel Galípolo pela CAE, na próxima terça-feira, deve transcorrer sem sobressaltos, segundo senadores ouvidos por VEJA. Desde que foi indicado por Lula, em agosto, para substituir Campos Neto no comando do BC, o atual diretor de política monetária da autarquia cumpriu o ritual de se apresentar aos senadores e visitou mais de 40 dos 81 membros da Casa, entre aliados e opositores do Planalto.

Nas conversas, destacou seu compromisso com a independência do Banco Central e com a continuidade do trabalho realizado pela atual diretoria. Campos Neto também ajudou a quebrar a resistência da oposição, ao endossar a indicação de Galípolo e assegurar que fará uma transição suave.

Segundo parlamentares consultados pela reportagem, o escolhido de Lula deve ser aprovado pela CAE e, em seguida, pelo plenário do Senado sem dificuldade. Eles lembram que é uma prerrogativa do presidente da República a escolha do comando do BC, e afirmam que mesmo as indicações mais polêmicas de Lula passaram, como a do ex-governador do Maranhão pelo PCdoB e ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.