Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Lula tenta encerrar tarifaço com Trump, e economistas veem recado sobre Magnitsky

Para Alexandre Matias e Alex Agostini, no programa Mercado, telefonema revela mudança de tom e cálculos políticos dos dois países

Por Redação Atualizado em 3 dez 2025, 18h15 - Publicado em 3 dez 2025, 16h19

A conversa de 40 minutos entre Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, repercutiu no programa Mercado desta quarta, 3, apresentado por Veruska Donato, como um movimento essencialmente econômico — apesar de embalado por elogios mútuos. Os economistas Alexandre Matias e Alex Agostini avaliam que a prioridade dos dois líderes, neste momento, é destravar negociações sobre tarifas e resolver impasses que atingem exportadores brasileiros. Mas e as sanções? (este texto é um resumo do video acima).

A ligação ocorreu na terça-feira, 2, e Lula só comentou publicamente o conteúdo na manhã seguinte, durante entrevista à TV Verdes Mares, no Ceará. Trump, por sua vez, confirmou a conversa ainda na Casa Branca, durante um evento oficial.

O que Trump quer e o que Lula busca no tarifaço?

Os Estados Unidos já suspenderam grande parte das tarifas ao Brasil, mas setores estratégicos, como o calçadista, seguem sob forte impacto. Matias afirma que agora existe um alinhamento claro entre os presidentes no objetivo de avançar nas negociações.

“O foco realmente é a negociação comercial”, disse o economista. “O Brasil cometeu um erro ao não buscar contato de alto nível até abril. Nesse vácuo, permitiu que outros atores interferissem na pauta.”

Segundo ele, Trump “pegou a canoa errada” ao comentar questões judiciais brasileiras — numa referência às sanções impostas a autoridades —, mas depois recuou e reconduziu a conversa para o campo econômico, onde atua “como negociador nato”.

Continua após a publicidade

Interferência do STF ficou para trás?

Matias considera que os temas ligados ao Judiciário (a Lei Magnitsky aplicada a Alexandre de Moraes como exemplo mais extremado) tendem a ser empurrados para segundo ou terceiro plano. A prioridade, agora, seria conter impactos inflacionários nos EUA, já que produtos brasileiros têm peso relevante para o consumidor americano.

Agostini, porém, faz outra leitura: a pauta da segurança e do crime organizado, discutida na chamada, seria parte de uma estratégia para pressionar Trump a rever as sanções contra autoridades brasileiras.

“Há um conflito moral”, avaliou. “Não faz sentido cooperar contra o crime organizado enquanto autoridades do Judiciário brasileiro seguem sancionadas. Isso precisa ser resolvido.”

Continua após a publicidade

Para o economista, há “bastidores técnicos muito preparados” atuando antes das conversas entre presidentes, e o diálogo direto de Lula seria parte desse arranjo maior.

Venezuela e crime organizado entraram no cálculo?

Trump citou sanções relacionadas a “coisas que aconteceram”, enquanto Lula ressaltou ao aliado o interesse em asfixiar financeiramente o crime organizado — tema sensível no atual contexto de tensão entre Washington e Caracas.

Agostini vê aí um sinal diplomático calculado:

Continua após a publicidade

“É uma forma de dizer: ‘Vamos cooperar na área de segurança, então precisamos resolver as sanções’. Se há cooperação, não pode haver esse tipo de conflito.”

Ambos destacaram que, para o Brasil, evitar escaladas regionais é crucial, inclusive para impedir efeitos sobre rotas aéreas, marítimas e fluxos comerciais.

VEJA+IA: Este texto resume um trecho do programa audiovisual Mercado (confira o vídeo acima). Conteúdo produzido com auxílio de inteligência artificial e supervisão humana.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

Digital Completo

O mercado não espera — e você também não pode!
Com a Veja Negócios Digital , você tem acesso imediato às tendências, análises, estratégias e bastidores que movem a economia e os grandes negócios.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.