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Maggi se corrige e diz que liminar proibindo uso de glifosato não caiu

Ministro comemorou nas redes sociais decisão que não aconteceu

Por Redação
Atualizado em 24 ago 2018, 10h22 - Publicado em 24 ago 2018, 09h36

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, pediu desculpas por ter informado na véspera que a Justiça brasileira havia cassado liminar que proíbe o uso de glifosato no país.

“Minha vontade de resolver essa questão é tamanha que acabei repassando a informação de que a liminar do glifosato teria sido cassada”, disse o ministro em uma postagem no Twitter nesta sexta-feira. “Continuo aguardando a decisão. Me desculpem pelo acontecido!”

A juíza federal substituta da 7ª do Distrito Federal, Luciana Raquel Tolentino de Moura, determinou no início do mês que a União não conceda novos registros de produtos que contenham como ingredientes ativos o glifosato.

A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu da proibição ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1), destacando que o impedimento, se mantido, geraria “grave risco de lesão à ordem econômica” e impacto de bilhões de reais para a balança comercial.

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O glifosato é um herbicida utilizado em importantes lavouras brasileiras, especialmente na soja, o principal produto de exportação do Brasil. Considerado desde 2015 como “cancerígeno provável” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o glifosato é comercializado em produtos de diferentes marcas, sendo o mais conhecida deles o RoundUp, fabricado pelo grupo americano Monsanto, que agora pertence ao gigante alemão Bayer.

A AGU destacou que, se a decisão não fosse cassada, o Brasil seria o primeiro país a restringir totalmente o uso de glifosato, o que levaria muito provavelmente a maior parte dos produtores a deixar de utilizar a modalidade de plantio direto e voltar a preparar, em alguma medida, o solo, com evidentes perdas para o meio ambiente (erosão, diminuição do teor de matéria orgânica do solo, aumento do consumo de combustível etc.).

A proibição acontece em um momento em que produtores se preparam para o plantio da nova safra nas próximas semanas.

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O caso envolve companhias como a Monsanto, comprada pela Bayer, que comercializa, por exemplo, a soja transgênica resistente ao herbicida glifosato, plantada em larga escala no Brasil.

Em nota técnica recente, o Ministério da Agricultura lembrou que o glifosato é um herbicida de uso disseminado na agricultura mundial, representando mais de 50% de todas as aplicações de agrotóxicos e afins no Brasil e no mundo.

(Com Estadão Conteúdo, Reuters e AFP)

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