Maia avalia votar de novo urgência para reforma trabalhista
Se aprovado, o requerimento possibilita a supressão de prazos regimentais, o que permitiria a votação da reforma trabalhista na próxima terça-feira
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu que há divergências na base em relação à reforma trabalhista e disse que avalia se colocará em votação nesta quarta-feira um requerimento para urgência à proposta.
Na véspera, um requerimento semelhante chegou a ser votado, mas não alcançou os 257 votos necessários à sua aprovação –derrota creditada em parte a um erro do próprio Maia, que encerrou a votação pouco depois de iniciá-la, mas também à rebeldia de alguns aliados do governo.
“Não teve traição, teve divergência. As pessoas não são obrigadas a dizer amém para o governo. Então cabe também àqueles que são a favor do projeto convencer aqueles da base que estão contra”, disse Maia.
Entre os pontos criticados está o fim da cobrança do imposto sindical.
Questionado se colocaria o requerimento de urgência novamente em votação, afirmou que isso “pode” ocorrer. “Estamos avaliando”, disse.
Se aprovado, o requerimento possibilita a supressão de prazos regimentais, o que permitiria a votação da reforma trabalhista na próxima terça-feira na comissão especial onde tramita e na quarta-feira em plenário.
A Câmara iniciou a ordem do dia nesta quarta-feira para a análise de emendas a um outro projeto, que estabelece um regime de recuperação fiscal a Estados endividados.
(Com Reuters)