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Maia: se passar de fevereiro, não se vota reforma da Previdência

Não será fácil, diz presidente da Câmara a empresários em Nova York

Por Reuters
Atualizado em 17 jan 2018, 11h31 - Publicado em 16 jan 2018, 19h41
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  • O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira a empresários, em Nova York, que não será fácil votar a reforma da Previdência . “Nesse momento a gente prioriza a agenda da reforma sem nenhum tipo de otimismo, sem que a gente diga que essa é uma matéria que estará resolvida em fevereiro. Não é fácil”, disse em discurso na Câmara de Comércio Brasil-EUA. Segundo Maia, se passar de 19 de fevereiro, o governo não conseguirá mais aprová-la.

    Ao sair do encontro, questionado sobre a visão pessimista apresentada aos empresários, Maia negou que seja apenas pessimismo. “Eu não posso ir para nenhum ambiente no Brasil ou no exterior e mentir. Já tem muito político mentiroso no Brasil, né? Acho que chega. Está na hora de a gente falar a verdade, e a reforma da Previdência não é uma votação simples”, disse.

    O presidente da Câmara afirmou ainda aos empresários que o governo hoje não tem base para votar a reforma. Segundo ele, dos 360 aliados que havia na Câmara antes das denúncias contra o presidente Michel Temer, sobraram 250. “São necessários 308 votos. Com certeza os deputados não irão ao plenário sem a certeza que existe uma margem”, disse. Maia também atribuiu ao calendário de votações com prioridade para a aprovação do teto de gastos as dificuldades com a reforma.

    Segundo Maia, as denúncias contra Temer criaram um enorme problema para o calendário do Congresso, com cinco meses praticamente dedicados apenas às denúncias. “Como a prioridade foi o teto e não a reforma, estamos olhando para 2019 com um grave problema fiscal pela frente e uma reforma que precisa ser votada este ano”, afirmou. O teto de gastos era uma prioridade do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que se empenhou pessoalmente pela sua aprovação. Meirelles disputa hoje com Maia a tentativa de reunir em torno de seu nome o que hoje é a base do governo Temer para uma candidatura à Presidência da República.

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