Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Marcos Cintra dispara contra Bolsonaro após presidente ‘ressuscitar’ CPMF

'Ele havia excluído o assunto, exonerava qualquer um que tentasse debater o imposto', disse o ex-secretário de Receita em entrevista a VEJA

Por Victor Irajá Atualizado em 4 jun 2024, 14h51 - Publicado em 16 dez 2019, 19h38
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Ex-secretário de Receita Federal, Marcos Cintra comentou, nesta segunda-feira, 16, a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que “todas as cartas estão na mesa” quanto à possibilidade de uma cobrança sobre pagamentos, uma reedição de um imposto nos moldes da extinta CPMF. Em entrevista a VEJA, Cintra afirmou que o presidente cogitar o retorno do imposto é um “avanço”, mas criticou a demora do governo em achar uma alternativa ao famigerado imposto do cheque e ter ceifado a cabeça daqueles que defendiam a cobrança. Cintra foi demitido em setembro depois da discussão de um novo imposto sobre movimentações financeiras ganhar corpo.

    Ele havia excluído o assunto, exonerava qualquer um que tentasse debater a CPMF. Ele deve ter percebido que, a partir da exclusão do debate, apenas atrasou em seis meses uma reforma (tributária) que é importantíssima para o país”, afirmou o ex-secretário. “Aquele capricho dele nos atrasou em seis meses”, disparou. Entusiasta da cobrança sobre pagamentos, o secretário disse ainda admirar a possibilidade de Bolsonaro rever a criação do imposto. “Acho que rever a posição, seja por humildade ou modéstia, é um avanço”, disse. 

    No último dia 3, o secretariado do Ministério da Economia se reuniu com o chefe da pasta, Paulo Guedes, para alinhar os ponteiros do texto de “reforma formal” desenhado pela equipe a partir do zero desde a demissão de Cintra. A apresentação do projeto, definiu a equipe, será em partes — possibilidade criticada pelo ex-mandatário da Receita. “A nossa reforma estava pronta para ser apresentada, negociada. Agora, está sendo fatiada, o que faz a proposta perder qualquer consistência”, atacou.

    Em fevereiro, o governo apresentará uma proposta que compreenderá a criação de um imposto sobre valor agregado, o IVA, que substituirá o PIS e a Cofins, com alíquota entre 11% e 12%, e um imposto que substituirá o IPI — o novo Imposto Seletivo vai penalizar produtos que causem impactos indiretos à sociedade, como cigarros, bebidas alcoólicas e combustíveis.

    A medida servirá como alternativa fiscal à desoneração da folha de pagamentos de empresas, medida com a qual o governo espera criar vagas de empregos — o calcanhar de Aquiles do ministro Paulo Guedes. Além disso, a reforma mira a isenção de impostos de produtos da cesta básica, como arroz, feijão e leite, isentos desde 2004.

    Em setembro, VEJA antecipou os planos de Marcos Cintra de reeditar a CPMF. A então proposta, na agulha para ser disparada ao Congresso, previa a criação de um imposto progressivo, cuja alíquota partiria de 0,19% até atingir 0,38% sobre qualquer movimentação financeira. A “CP”, como alcunhada por membros do Ministério da Economia, serviria para tornar a alíquota sobre a folha de pagamentos mais leve e promover a contratação de funcionários.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.