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Marinho classifica juro alto como fator para crescimento menor do emprego

Abertura de vagas CLT foi de 1,48 milhão em 2023, quase 600 mil a menos que no último ano do governo Bolsonaro

Por Larissa Quintino Atualizado em 7 Maio 2024, 16h01 - Publicado em 30 jan 2024, 16h25

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse nesta terça-feira, 30, que a taxa básica de juros tem influência no resultado do emprego formal do país. Em 2023, o Brasil gerou 1,48 milhão de vagas de trabalho, quase 600 mil a menos que em 2022, último ano da gestão de Jair Bolsonaro. O número também foi bem menor que o previsto pelo próprio ministro, que estimava 2 milhões de empregos CLT no ano passado.

No meio do ano passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) começou a baixar a Selic, que saiu de 13,75% para 11,75% ao ano — e esta semana deve reduzir a taxa para mais meio ponto.  “A economia não manteve o pique de contatação esperado de setembro a novembro. Você tem os juros atuando, ele é um elemento que influencia no comportamento da economia. Nossos juros são os segundo mais altos do planeta, quase igual aos do México”.

Vale ressaltar que o efeito dos juros na economia são defasados. Tanto que, no segundo semestre do ano passado, a economia desacelerou, refletindo os juros mais altos praticados em 2022.  Já o movimento de queda, iniciado em julho do ano passado e que deve ter um novo capítulo nesta quarta-feira, dia 30, terá os efeitos sentidos mais a frente.

Marinho evitou de fazer novas projeções para as aberturas de vagas formais para 2024, porém acredita que o resultado pode ser melhor neste ano, a depender do andamento da economia. “A retomada de obras paradas pode impactar positivamente”, afirmou o ministro, se referindo às obras do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC).

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