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Medo de recessão nos EUA cresce, e bolsas despencam no mundo

Temor de uma paralisação brusca da economia americana levou diversas bolsas globais a iniciar o dia em baixa

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 ago 2024, 14h05 - Publicado em 5 ago 2024, 10h47

O medo de que os Estados Unidos enfrentem uma recessão cresceu substancialmente entre investidores desde a última sexta-feira, 2, após dados mais fracos do que o esperado na maior economia do mundo. Somado ao aumento dos juros no Japão, que também provocou uma avalanche na Ásia, o medo de uma paralisação brusca da economia americana levou diversas bolsas globais a iniciar o dia em baixa, com fuga para ativos considerados seguros.

Nesta manhã, o dólar comercial opera em alta de 1% contra o real, cotado já acima dos R$ 5,78, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, recua 1,23%, aos 124.344 pontos (às 11h40). Entre as bolsas americanas, o movimento também é de baixa: o Dow Jones cai 2,78%, o S&P 500 recua 4,02%, e o Nasdaq cede 5,40%. O mercado vem sofrendo tanta pressão nesta manhã que o VIX, também conhecido como “índice do medo”, dispara 122% — ele mede a volatilidade implícita do S&P 500.

Por trás das perdas do mercado hoje e da busca por ativos considerados mais seguros está o receio de que a economia americana possa sofrer o chamado “pouso forçado”, ou seja, um esfriamento forte da atividade.

Na semana passada, alguns indicadores surpreenderam o mercado e endossaram esse receio. As vagas de emprego criadas nos Estados Unidos totalizaram 114 mil em julho, bem abaixo dos 185 mil esperados pelos investidores. O indicador veio acompanhado de aumento da taxa de desemprego. De um lado, isso reforça que há espaço para um corte de juros pelo Fed, o banco central americano, o que tende a favorecer posições de maior risco — como o investimento em bolsa. No entanto, cresce entre participantes de mercado a leitura de que o Fed está demorando muito para iniciar o corte de juros no país, o que pode fazer com que a política monetária aperte demais a economia.

Além das preocupações com o mercado americano, que contaminam a percepção de risco em diversos mercados, a Ásia enfrenta um movimento mais peculiar — e que ajuda a alimentar a aversão que se vê nos mercados hoje. Na semana passada, o BoJ, banco central japonês, elevou a taxa de juros no país, que antes estava em zero. Com a mudança, diversos bancos que tomaram empréstimos em um nível de juros muito baixo correm para vender ativos e “pagar” o que devem, com recompras em níveis mais altos.

Como resultado, o mercado asiático encerrou o dia em “sell off”, ou seja, a venda em massa de ações. No Japão, o Nikkei fechou com forte baixa de 12,4%, enquanto o Kospi, da Coreia do Sul, cedeu 8,77%; em Taiwan, houve queda de 8,35%.

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