Mercado de trabalho dos EUA dá sinais de robustez
Pedidos semanais de seguro-desemprego recuam para 217 mil, contrariando expectativas do mercado

Apesar dos sinais de uma economia em fase de desaceleração, o mercado de trabalho dos Estados Unidos segue ainda forte. Os pedidos iniciais de seguro-desemprego caíram para 217 mil na semana encerrada em 19 de julho, abaixo dos 221 mil registrados na semana anterior. A queda contrariou as expectativas dos analistas, que previam um aumento para 227 mil.
O recuo reforça a percepção de que as demissões continuam contidas mesmo diante a uma taxa de juros elevada para padrões americanos.
A média móvel de quatro semanas, usada para suavizar oscilações pontuais, também caiu, recuou 5 mil, para 224,5 mil pedidos. O indicador é visto como um termômetro mais estável das tendências do mercado de trabalho.
Já os pedidos continuados, que medem o número de pessoas que seguem recebendo o benefício, ficaram praticamente estáveis, em 1,955 milhão na semana encerrada em 12 de julho. A leve alta de 4 mil solicitações sobre o dado anterior, somada à pequena queda na média móvel, sugere um mercado ainda apertado, com poucas dispensas e rápida recolocação de trabalhadores.
Para o Fed, esse quadro mantém o dilema: embora a inflação tenha mostrado sinais de alívio, a resiliência no emprego pode continuar pressionando os preços, que também estão, agora, ameaçados pela “tarifaço” de Donald Trump.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado: