Mesmo com a elevação de 1 ponto percentual na taxa básica de juros, na semana passada, analistas de mercado consultados pelo Banco Central voltaram a subir a perspectiva da inflação para este ano e para o próximo.

Segundo dados compilados pelo Boletim Focus e publicados nesta segunda-feira, 3, os economistas projetam que o IPCA, índice oficial de inflação do país, feche este ano em 5,51%, 2,51 pontos percentuais acima do centro da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional,  e 1, 01 ponto acima do teto da meta, na 16ª semana consecutiva de revisão. Para 2026, a projeção subiu mais: de 4,22% para 4,28%. Já para 2027, manteve-se estável e, 3,90%.

Na semana passada, na primeira reunião sob o comando do novo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, o Comitê de Política Monetária (Copom), ao elevar a Selic em 1 ponto percentual, a 13,25% ao ano,  indicou que o ciclo de aperto financeiro deve se estender pelos próximos meses. O Comitê prevê mais um ajuste de 1 ponto percentual e deixou a porta aberta para mais elevações. 

Para além das projeções da inflação de 2025 e 2026, o Focus desta semana não traz mais revisões, estabilidade nas previsões do PIB, câmbio e Selic.

Os economistas mantiveram a projeção de 2,06% de crescimento do PIB neste ano, e projetam que no ano que vem a economia avance 1,72%. Para 2027, a previsão é de retomada da aceleração com projeção de crescimento de 1,96% do PIB.

Para o câmbio, as projeções também permanecem em 6 reais para 2025 e 2026, e 5,93 reais em 2027.Para Selic, a previsão dos analistas é de 15% em 2025, 12,50% em 2026 e 10,38% em 2027.

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