Mercado financeiro eleva a expectativa de inflação para 2019
Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, IPCA deve encerrar o ano em 3,33%; apesar da revisão, índice continua abaixo da meta, que é de 4,25%
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central elevaram pela segunda semana seguida a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 18, a inflação deve encerrar 2019 em 3,33%, acima dos 3,31% previstos na semana anterior.
Apesar da elevação, a expectativa segue abaixo da meta central, de 4,25%. O intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%. Para 2020, o mercado financeiro manteve em 3,60% sua previsão. Para o próximo ano, o mercado manteve a previsão em 3,60%. A projeção também está abaixo da meta para 2020, que é de 4%, tendo tolerância entre 2,5% e 5,5%.
A previsão dos outros indicadores ficaram estáveis. Os economistas projetam crescimento de 0,92% do Produto Interno Bruto (PIB). Caso a previsão se confirme, a economia avançará menos que nos dois anos anteriores, quando cresceu 1,3% em 2017 e 1,1% em 2018. Para 2020, a projeção é o crescimento de 2%.
O mercado manteve a projeção para a taxa básica de juros, a Selic. a 4,5% ao ano ao fim de 2019. No comunicado da redução da Selic de 5,5% para 5%, o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que deve cortar a Selic em mais 0,5 ponto percentual em dezembro para estimular a retomada da economia, que continua com alto grau de ociosidade. Para o fim de 2020, os economistas apostam em mais corte, terminando em 4,25% ao ano.
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2019 permaneceu em 4 reais por dólar. Na semana passada, a moeda americana fechou acima deste valor, a 4,1934 reais, segundo maior valor nominal da história do real em relação ao dólar. Para o fechamento de 2020, a previsão continuou estável em 4 reais por dólar.