Mercado reduz estimativa para inflação e prevê IPCA a 5,65% neste ano
Para 2026, a estimativa para a inflação oficial do país subiu de 4,48% para 4,50% e, para 2027, permaneceu em 4%, segundo o Boletim Focus desta segunda

Na semana seguinte à quinta elevação dos juros no Brasil, economistas e analistas de mercado consultados pelo Banco Central diminuíram as projeções para inflação deste ano. A estimativa do Boletim Focus desta semana é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a referência para a inflação, encerre 2025 a 5,65%, ante 5,66% na semana passada. A projeção ainda aponta para uma inflação acima do teto da meta, que é de 3%, com limite de tolerância até 4,5%. Para 2026, a estimativa subiu de 4,48% para 4,50% e, para 2027, permaneceu em 4%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu na última quarta-feira, 19, elevar pela quinta vez seguida a taxa básica de juros, levando a Selic para 14,25% ao ano. É o maior patamar desde 2016, auge da crise do governo de Dilma Rousseff. A decisão de alta de 1 ponto percentual na taxa foi unânime e seguiu a indicação dada pelo comitê na ata da reunião de janeiro. No comunicado, o Copom prevê ainda que pode fazer mais um ajuste menor na taxa de juros na próxima reunião, indicando a permanência do ciclo de aperto monetário. A ata da reunião será divulgada nesta terça-feira, 25.
No Focus desta semana, os analistas seguem projetando que a taxa Selic encerre o ano a 15%, mesma projeção há 11 semanas. O mercado também prevê um crescimento da economia em 2025 , 2026 e 2027 menor do que 2%. A estimativa do avanço da economia em 2025 recuou de 1,99% para 1,98% nesta semana. Para 2026, a estimativa é de avanço de 1,60% do PIB e, para 2027, de 1,99%. A projeção também caiu para o dólar: de 5,98 reais para 5,95 reais. Para 2026, o câmbio estimado ficou em 6 reais e para 2027, em 5,90 reais.