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Mercado revisa para cima a projeção de inflação deste ano e dos próximos

Em 2024, IPCA deve encerrar em 3,86%, acima do centro da meta. Pressão no preço dos alimentos e incertezas sobre a política fiscal afetam previsões

Por Larissa Quintino 27 Maio 2024, 08h56

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central voltaram a subir a projeção da inflação para este ano. Segundo dados do Boletim Focus, divulgados nesta segunda-feira, 27, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 3,86%, acima dos 3,80% estimados na semana passada e dos 3,73% esperados há um mês. É a terceira semana consecutiva que o mercado revisa para cima a estimativa do indicador.

A projeção é acima do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, de 3% para este ano, porém segue dentro da margem de tolerância, que vai até 4,5%. O mercado vê  uma pressão altista da inflação em um horizonte mais longo e também revisou o IPCA para 2025 e 2026 para 3,75% (0,01 ponto a mais) e 3,58% (0,08 a mais), respectivamente.

A pressão inflacionária maior tem relação com os alimentos e a tragédia no Rio Grande do Sul. Na última sexta-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto afirmou que a calamidade climática tende a pressionar os preços de maio. “Apesar de a safra de arroz já ter sido colhida, teve o problema de o solo ser danificado, de a logística ser danificada…aveia, arroz e trigo são as coisas que mais afetam o IPCA”, declarou em evento da Fundação Getulio Vargas. A prévia da inflação de maio será divulgada nesta terça-feira, dia 28. 

Além dos alimentos, a piora das expectativas também afeta a inflação. Na última semana, houve um desconforto do mercado com falas do ministro Fernando Haddad e um desconforto sobre o aumento de influência da ala mais política do governo, como os ministros como Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). Essas incertezas sobre a condução da política fiscal e até mesmo o futuro da política monetária com o fim do mandato de Campos Neto no fim do ano pesam nas expectativas, como a curva de juros futuros e o câmbio.

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No caso do câmbio, o mercado subiu a estimativa do dólar no fim do ano. Segundo o Focus, a moeda americana deve valer 5,05 reais ao final deste ano, acima dos 5,04 reais da semana passada e os 5 reais de um mês atrás. O dólar mais alto mexe diretamente com preços das commodities, como alimentos e combustíveis e reflete na inflação.

PIB

No Focus desta semana, os analistas mantiveram a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2,05%. Para 2025, as expectativas foram mantidas na casa de 2%, mesmo movimento das últimas semanas. Para 2026, a expectativa é de um PIB de 2%, também como nos últimos relatórios.

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