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Mercado sobe projeções e prevê inflação bem acima da ‘normalidade’ apontada por Haddad

Há 18 semanas seguidas as previsões dos analistas para o IPCA neste ano, divulgadas pelo Boletim Focus, têm subido. Meta é de 3%

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 fev 2025, 12h32 - Publicado em 17 fev 2025, 08h43

Analistas de mercado consultados pelo Banco Central voltaram a subir a perspectiva da inflação para este ano e para os dois próximos e revisaram para baixo a expectativa para o produto interno bruto (PIB) de 2025.

Segundo dados compilados pelo Boletim Focus e publicados nesta segunda-feira 17, os economistas projetam que o IPCA, índice oficial de inflação do país, feche este ano em 5,60%, ante 5,58% projetados na semana passada. A previsão é 2,60 pontos percentuais acima do centro da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional e 1,1 ponto acima do teto da meta, na 18ª semana consecutiva de revisão. Para 2026, a projeção subiu de 4,30% para 4,35%. Para 2027, a previsão subiu de 3,90% para 4%.

Enquanto o mercado continua a pressionar as projeções de inflação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenta colocar panos quentes na pressão dos preços. Em um evento do FMI, Haddad avaliou que a queda recente do dólar, após o disparo registrado no fechamento do ano, poderá acomodar a inflação. Ele ainda afirmou que o atual nível de preços, entre 4% e 5% ao ano, está relativamente dentro a normalidade para o Plano Real.

A grande questão é que a meta de inflação do país é de 3%, com tolerância superior até 4,5%. Portanto, o histórico de inflação é pouco relevante para a condução da política monetária. Além disso, a inflação alta vem desgastando a popularidade do governo Lula

Juros e PIB

Para a Selic, o mercado segue com a estimativa de 15% em 2025 e 12,50% em 2026. Mas a projeção para 2027 foi mantida em 10,50%. No fim de janeiro, na primeira reunião sob o comando do novo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 1 ponto percentual, a 13,25% ao ano, e  indicou que o ciclo de aperto financeiro deve se estender pelos próximos meses. O comitê prevê mais um ajuste de 1 ponto percentual para março e deixou a porta aberta para mais elevações. 

O Focus desta semana traz ainda a revisão para baixo de crescimento da economia para este ano. O mercado projeta que a economia avance 2,01%, em 2025, ante 2,03% na semana passada. A estimativa de avanço do PIB em 2026 permaneceu em 1,70%. As previsões para o câmbio permaneceram estáveis em 6 reais tanto em 2025 quanto em 2026. Para 2027, a projeção caiu de 5,93 reais para 5,90 reais.

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