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Mercado vê inflação crescente e projeta taxa de juros a 12% em 2025

Segundo os dados compilados pelo Boletim Focus e divulgados nesta segunda-feira, 18, o IPCA deve encerrar este ano em 4,64%, estourando a meta

Por Camila Pati Atualizado em 18 nov 2024, 08h55 - Publicado em 18 nov 2024, 08h53

Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central voltaram a subir a projeção da inflação para este ano pela sexta semana consecutiva. Segundo os dados compilados pelo Boletim Focus e divulgados nesta segunda-feira, 18, o IPCA deve encerrar o ano em 4,64%. A perspectiva é 0,02 ponto percentual maior que a da semana passada.

O mercado projeta pressão inflacionária contínua e desancoragem das expectativas. Neste ano, o centro é de 3%, com margem de tolerância de até 4,5%. Para 2025, os analistas também subiram a estimativa de inflação, de 4,10% para 4,12%. A desancoragem da inflação, aliás, é um dos grandes motivos que levaram o BC a iniciar o aumento das taxas de juros.  Na semana retrasada o Comitê  de Política Monetária (Copom) ajustou a Selic em 0,5 ponto, levando a taxa para 11,25%. Os analistas consultados pelo Focus preveem mais altas nos juros neste ano, chegando a 11,75%, isto é, mais uma alta de 0,5 ponto. Para 2025, a tendência é de mais juros: os analistas estimam a Selic em 12%.

Cenário

Os investidores continuam esperando o anúncio do pacote de corte de gastos, cuja promessa da equipe econômica é dar longevidade ao arcabouço fiscal. Segundo o ministro Fernando Haddad, as medidas de ajuste das contas públicas já foram decididas pelo presidente Lula, no entanto, ainda falta o ministério da Defesa bater o martelo sobre os cortes na sua pasta. O ministério foi o último a ser convocado a participar dos ajustes.

A pressão inflacionária no Brasil está relacionada tanto a aumento fiscal como também ao cenário externo — com a tendência de valorização do dólar após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. É possível que o anúncio que para depois da cúpula do G20, no Rio de Janeiro, o presidente Lula tem uma agenda intensa de reuniões com chefes de Estado. O presidente fará a abertura do evento com discurso marcado para 10h.

O mercado também voltou a projetar uma alta do dólar, fator relevante para a inflação. No Focus desta semana, os analistas estimam o dólar a 5,60 reais ao fim do ano, 5 centavos a mais do que no relatório da semana passada. A projeção, no entanto, é mais tímida que a cotação atual, que está na casa dos 5,80 reais.

Além da desancoragem inflacionária, o avanço da atividade econômica também é um dos motivos que levaram o BC a começar o ciclo de aperto monetário. Os economistas consultados pelo Focus esperam que o PIB varie 3,10% neste ano, mesma estimativa que na semana passada. A projeção do mercado segue abaixo do esperado pelo Executivo e pelo BC, que é de um avanço de 3,2% para este ano.

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