Mercado volta a reduzir projeção para o IPCA, mas inflação segue acima da meta
Apesar da revisão, relatório do Banco Central mostra que o índice de preços deve encerrar o ano acima da meta, mesmo com juros a 15% ao ano
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central voltaram a revisar para baixo a projeção para a inflação em 2025. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 4,83% para 4,81%, segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 29, pelo BC.
Apesar da redução, a projeção segue acima do limite de tolerância definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que estabelece meta de 3% com teto em 4,5%.
O mercado mantém a avaliação de que o próximo ano será encerrado com inflação pressionada – em 4,28% -, mesmo com a Selic em 15% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas. A expectativa para a taxa de juros foi mantida em 15% e em 12,25% para o próximo ano, indicando cortes na taxa básica só a partir de 2026.
No câmbio, houve uma pequena revisão para baixo. A cotação esperada do dólar em dezembro de 2025 caiu de R$ 5,50 para R$ 5,48. Para os anos seguintes, as projeções seguiram estáveis: R$ 5,60 em 2026 e 2027, e R$ 5,50 em 2028.
Além da inflação e do câmbio, o Focus trouxe ajustes marginais no crescimento econômico. A projeção para o PIB de 2025 passou de 2,16% para 2,15%, sinalizando estabilidade, mas em ritmo de atividade moderado.
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