Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Ministério da Economia monitora imagem de Paulo Guedes nas redes sociais

Relatórios mostram como panelaços e críticas contra o presidente afetaram a popularidade do “Posto Ipiranga” ao longo das últimas semanas

Por Thiago Bronzatto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 abr 2020, 16h24 - Publicado em 25 abr 2020, 16h18
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ministério da Economia está preocupado com a imagem de Paulo Guedes em meio às confusões do governo Bolsonaro. Desde quando a crise do coronavírus mudou o rumo do país e provocou uma pandemia política, a pasta tem feito um amplo monitoramento nas redes sociais. O levantamento, obtido por VEJA, foi encomendado a uma empresa especializada e avalia a postura do ministro sobre os seguintes temas: os panelaços contra Bolsonaro, a campanha para o governo pagar logo o coronavoucher, o sumiço de Guedes no Rio de Janeiro, o “erro de redação” em uma medida provisória, a credibilidade da fala do ministro e do presidente, entre outros temas.

    De acordo com a pesquisa, um dos momentos mais críticos para a imagem do ministro ocorreu durante o panelaço contra Bolsonaro em março. A maior parte das publicações envolvendo a Covid-19 criticava a posição do presidente em relação à pandemia. “No geral, a imagem de Paulo Guedes ainda é fortemente associada à de Jair Bolsonaro, o que acaba por prejudicar sua figura diante da população. Ao criticar o governo de Bolsonaro, é comum ver as reclamações resvalando no ministro da Economia”, conclui o levantamento.

    Outro assunto polêmico foi o sumiço de Guedes. No início da crise do coronavírus no Brasil, o ministro, que tem 70 anos de idade, ficou com medo de ser infectado pela doença, e viajou para o Rio de Janeiro, onde ficou confinado por alguns dias. Sem participar das principais reuniões em Brasília, o chefe da equipe econômica passou a ser alvo de especulações. “Isso tem causado um burburinho nas redes sociais sobre a sua possível saída do Ministério da Economia – o que ele negou”, destaca o relatório. “Também podem aumentar as comparações com ministros de governos anteriores e questionamentos sobre as ações que o ministério está desenvolvendo para reaquecer a economia”, complementa. Guedes logo retornou a Brasília, onde participou de um evento no Palácio do Planalto e explicou as principais medidas para combater a pandemia.

    A disputa entre Guedes e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também teve desdobramentos nas redes sociais. A disposição do Congresso em propor e votar medidas emergenciais despertou a simpatia de algumas pessoas. Por outro lado, segundo o levantamento, o fato de o ministro “ficar mais nos bastidores estava desagradando até mesmo os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro”. O diagnóstico das críticas direcionadas ao ministro apontava que empresários, políticos, influenciadores e a população em geral esperavam que Guedes “assumisse as rédeas da economia brasileira e apresentasse propostas concretas”.

    Entre os perfis monitorados pelo ministério da Economia está o do youtuber Felipe Neto, que encabeçou uma campanha entre artistas e outros influenciadores para pressionar o governo a liberar os 600 reais destinados a ajudar os trabalhadores informais. O movimento #PagaLogoBolsonaro entrou para os assuntos mais comentados do Twitter – e gerou críticas a Guedes. “Muitos reclamaram, por exemplo, que, se fosse pela equipe de Guedes, a ajuda financeira não passaria dos 200 reais. Outros avaliam que as proposições sugeridas pela pasta comandadas pelo ministro são morosas e não saem do papel”, conclui o relatório.

    Guedes costuma dar uma enorme importância às redes sociais — que, de acordo com a sua visão, foram determinantes na eleição de Bolsonaro como presidente do Brasil. Embora ele não tenha um perfil oficial, o ministro da Economia gosta de ser inteirado da repercussão de suas falas no mundo virtual. Certa vez, ele ficou impressionado com um vídeo de manifestantes apoiando o seu nome durante a votação da reforma da previdência. Em outro momento, ele resolveu ser mais contundente na defesa da reforma administrativa, porque os seus apoiadores reagiram de forma positiva à ideia de cortar privilégios do serviço público. Os tempos agora são outros. O superministro enfrenta o desafio de tirar as suas propostas do papel enquanto tenta driblar as críticas virtuais que têm recebido.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.