A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) reviu em sete pontos percentuais – de 9% para 2% – o aumento da produção automotiva para esse ano, considerando tanto veículos leves como pesados. Em relatório divulgado nesta segunda-feira, 7, a representante das montadoras estimou que o ano deve terminar com 2,940 milhões de veículos montados. A projeção anterior estimava 3,140 milhões de veículos. A crise na Argentina, principal mercado externo dos carros brasileiros, é um dos motivos dessa revisão. Em 2018, foram produzidos 2,880 milhões de automóveis no país.
A estimativa anterior previa que as exportações teriam queda de 28,5% na comparação com 2018, com a venda de 450 mil unidades para o mercado externo. Na revisão divulgada nesta segunda, essa projeção é de 420 mil veículos, uma queda de 33,2% comparada com o ano anterior, em que foram vendidas 595 mil unidades.
A associação também reviu o número de veículos emplacados no ano. A estimativa anterior era de 2,860 milhões, aumento de 11,4%. Agora, a estimativa da Anfavea é que sejam emplacados 2,8 milhões de carros no país. O aumento seria de 9,1% em relação ao ano passado.
Além da crise na Argentina que reduz a produção dos carros, houve desaceleração na produção local, também com a queda de veículos emplacados em setembro na relação com agosto, mês imediatamente anterior. Foram produzidas 247,3 mil unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, queda de 8,3% em relação ao mês passado. No caso dos licenciamentos, são 234,8 mil veículos, baixa de 3,3% na comparação com agosto.
Com isso, as montadoras seguem demitindo. Foram 215 vagas fechadas em setembro. Nos últimos 12 meses, são 4.542 postos a menos. No fim de setembro, o setor contava com 127.938 funcionários, baixa de 3,4% em comparação com setembro do ano passado.