Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Moody’s: descumprimento da ‘regra de ouro’ pesa sobre rating

Agência de classificação de risco avalia que país aumentará dívida para pagar gastos correntes; na última semana, a Standard & Poor's rebaixou nota do país

Por Reuters
15 jan 2018, 14h44

A tentativa do governo Michel Temer de flexibilizar a regra de ouro das contas públicas indica que uma situação fiscal cada vez mais difícil para o Brasil e uma eventual permissão do Congresso para o descumprimento da norma já seriam suficientes para pesar sobre o rating do país, informou a Moody’s.

O governo vai, “provavelmente em 2019, senão antes”, descumprir a regra, a julgar por “discussões” públicas dos últimos meses, na avaliação da agência. A norma, prevista na Constituição de 1988, impede o Executivo de vender dívida para financiar gastos correntes, como salários, aposentadorias e manutenção da máquina pública.

Diante da reação negativa de economistas, o governo decidiu dar prioridade à negociação da reforma da Previdência no Congresso, e vai discutir “no momento que seja adequado” mudanças na regra de ouro, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

“O governo será forçado a requisitar uma permissão para não cumprir a regra (de ouro), refletindo o continuado estresse fiscal, que vai pesar no rating de crédito do Brasil”, informou a agência em um comunicado. “O fracasso em controlar gastos obrigatórios aumentou tanto que o governo vai, ou neste ou no próximo ano pela primeira vez desde que a regra foi criada, começar a emprestar para financiar gastos correntes, o que é negativo para o crédito.”

O debate sobre mudanças na regra de ouro, “apesar de um cenário econômico mais benigno” com a aceleração do crescimento neste ano, indica que o país vai enfrentar deterioração fiscal persistente e elevadas necessidades de financiamento nos próximos anos, diz o comentário.

Continua após a publicidade

Rating

Na semana passada, a agência de classificação de risco Standard&Poor’s rebaixou para BB- ante BB a nota de crédito soberano do país, diante do adiamento para fevereiro da votação da reforma da Previdência, que o governo tentou mas não conseguiu impor à Câmara dos Deputados em dezembro.

Em 2019, há um descolamento de 150 bilhões a 200 bilhões em relação à regra de ouro das contas públicas e o governo não informou como vai resolver este problema no Orçamento do ano que vem, que deve ser encaminhado ao Congresso Nacional em agosto.

“Somos céticos de que adiar a votação da reforma da Previdência até março vai significar aumento na probabilidade de que uma reforma significativa será aprovada durante o mandato da atual administração, que termina em dezembro de 2018”, disse a Moody’s. “A reforma da Previdência é chave para o crédito do Brasil porque gastos obrigatórios, excetuados juros, vão continuar a crescer e acabar se tornando impagáveis, sem a reforma.”

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.