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MP do governo preocupa em meio a superciclo de investimentos de infraestrutura, dizem executivos

Representantes da Motiva, Sabesp e Cosan comentam sobre superciclo do setor durante evento de Veja

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 ago 2025, 13h01

O Brasil vive um superciclo de investimentos em infraestrutura. O setor vai aportar quase 280 bilhões de reais em projetos em 2025, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Trata-se do maior volume de investimento da história do país. A medida provisória (MP)1.303/25, do governo federal, contudo, preocupa grandes executivos do setor. A medida prevê a incidência de imposto de renda de 5% sobre debêntures incentivadas, entre outros produtos financeiros. “A medida vem no contrafluxo do que pregamos, que é criar condições adequadas de investimento”, disse o presidente da Motiva (ex-CCR), Miguel Setas, durante o VEJA Fórum de Infraestrutura, promovido pela revista Veja, nesta segunda-feira, 18, em São Paulo. A preocupação em relação à MP é compartilhada com outros participantes do evento. O CEO da Motiva acredita, porém, que o financiamento de projetos de infraestrutura em geral não está comprometido no curto ou médio prazo. Ao contrário, o ganho de relevância do mercado de capitais ante o financiamento via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é razão para otimismo. “O copo claramente está mais do que meio cheio”, diz Setas.

O presidente da Sabesp, Carlos Piani, também vê um progresso considerável do setor de infraestrutura ao longo dos últimos anos, especialmente no saneamento básico. “O saneamento era quase um patinho feio da infraestrutura por conta da regulação (anterior)”, disse durante o evento de Veja. Para Piani, a privatização da empresa paulista, que unificou mais de 370 municípios do estado sob um único contrato, ensina como viabilizar projetos desse porte, uma dificuldade histórica do Brasil O executivo considera “quase impensável” a universalização do saneamento ocorrer sem a participação do setor privado e, nesse sentido, celebra a privatização,ocorrida em 2024 e que prevê até 15 bilhões de reais em investimento por ano. Antes, a antiga estatal investia cerca de 6 bilhões de reais por ano.

“O Estado tem que se comportar de maneira consistente para termos êxito (nos investimentos em infraestrutura), mas o setor privado também”, disse Guilherme Penin, vice-presidente de estratégia e relações institucionais da Cosan, durante o VEJA Fórum de Infraestrutura. “Esse intercâmbio (entre público e privado) é fundamental e acho que esse evento faz parte disso”. O fórum contou com a participação do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e dos governadores Tarcísio de Freitas e Eduardo Leite, de São Paulo e do Rio Grande do Sul, respectivamente. O executivo da Cosan manifestou preocupação com a falta de avanço no setor de infraestrutura ao longo das últimas décadas, mas vê claras oportunidades para o segmento nos próximos anos.

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