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MTST ocupa prédio do Itaú na Faria Lima em protesto pela taxação dos ‘super-ricos’

Edifício fica na avenida Faria Lima e concentra as operações do segmento de atacado, o BBA

Por Ana Paula Ribeiro Atualizado em 3 jul 2025, 15h22 - Publicado em 3 jul 2025, 13h31

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a Frente Povo Sem Medo fizeram um protesto na região da avenida Faria Lima, considerado o coração financeiro da cidade de São Paulo, nesta quinta-feira, 3. A manifestação culminou na ocupação do térreo do Itaú BBA, que fica no número 3500 da avenida. Procurado, o banco afirmou que não irá se manifestar sobre o ocorrido.

O protesto, que teve início no fim da manhã, exige a taxação dos “super-ricos”. A manifestação se dá em meio às discussões para aprovação do projeto de lei (PL) que concede isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até 5 000 reais por mês. Para cobrir os 36 bilhões que o governo deixará de arrecadar com a medida, o ministério da Fazenda propõe estabelecer uma alíquota mínima de 10% de IR para quem ganha a partir de 50 000 reais.

Nas redes sociais, o MTST afirma que “taxar os super ricos é crucial para reduzir a desigualdade. São lucros e dividendos que seguem intocados, enquanto a maioria trabalha muito e paga caro por tudo”.

O MTST pede ainda uma reforma tributária “justa”, que taxe quem pode pagar e alivie quem mais precisa. Imagens do protesto mostram faixas pedindo “taxação de bilionários, bancos e bets” e também “O povo não vai pagar a conta. Pela taxação dos super ricos”.

O setor bancário é um dos maiores pagadores de dividendos no Brasil. Atualmente, esses proventos são isentos de IR, quando pagos aos acionistas, independentemente do valor.

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Em janeiro do ano passado, o Itaú anunciou a compra do edifício da Faria Lima, onde funciona a sede do Itaú BBA, a operação de atacado da instituição financeira, por 1,5 bilhão de reais. Foi a maior transação imobiliário já realizada no país. Em 2024, o banco registrou um lucro líquido de 41,3 bilhões de reais e anunciou uma distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) de 15 bilhões aos acionistas.

“A ocupação não é somente simbólica, é uma denúncia clara. Os donos do Itaú, que compraram o prédio por R$ 1,5 bilhão, pagam menos imposto que a maioria esmagadora do nosso povo, que luta para pagar aluguel e comer”, justificou o MST em seu perfil.

Além do PL do aumento da isenção do IR, o governo Lula também busca alternativas para a derrubada pelo Congresso Nacional, do decreto que elevada as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

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