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Na mira dos EUA: nióbio e terras raras do Brasil viram moeda de troca comercial

A sete dias do começo do tarifaço, Estados Unidos demonstram interesse em um acordo comercial com o Brasil com foco em minerais estratégicos

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 jul 2025, 11h15 - Publicado em 25 jul 2025, 08h55

A uma semana da entrada em vigor de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros – marcada para 1º de agosto – os Estados Unidos passaram a sinalizar interesse em um acordo comercial com o Brasil focado no acesso a minerais críticos e estratégicos, entre eles, o nióbio e as chamadas terras raras. O tema foi levantado pelo encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília, Gabriel Escobar, durante reunião com representantes do setor de mineração nesta semana. Atualmente, Escobar é o principal representante diplomático dos EUA no país.

As chamadas terras raras são um grupo de 17 elementos químicos usados em tecnologias de ponta , como ímãs permanentes para motores elétricos, turbinas eólicas, baterias, smartphones e equipamentos militares. Já o nióbio, metal do qual o Brasil detém mais de 90% da produção mundial, é utilizado principalmente para reforçar ligas metálicas em setores como aeroespacial, automotivo e construção civil.

A proposta seria uma forma de abrir um canal de negociação que possa evitar o agravamento da disputa tarifária. Segundo participantes da reunião, Escobar sugeriu que o Brasil está estrategicamente posicionado para se tornar um parceiro-chave no fornecimento desses insumos essenciais à transição energética e à indústria de tecnologia. O presidente Lula reagiu, afirmando que “ninguém põe a mão” nas riquezas naturais do país.

Além do nióbio, o Brasil também possui a maior reserva mundial de grafite, a segunda maior de terras raras e a terceira de níquel. Esse potencial tem despertado o interesse dos Estados Unidos, que buscam reduzir sua dependência da China nessas cadeias produtivas.

A proposta de um acordo bilateral ganhou forma em junho, quando a Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio) e a U.S. Chamber of Commerce apresentaram aos governos dos dois países um plano conjunto de cooperação. O documento sugere cinco frentes de atuação: plano de ação estratégico, mapeamento geológico, financiamento de projetos, desenvolvimento tecnológico e ações de sustentabilidade e engajamento comunitário.

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O plano se apoia em estimativas da Agência Internacional de Energia (IEA), segundo as quais a demanda por lítio deve crescer cinco vezes até 2040. Já a demanda por grafite e níquel deve dobrar, enquanto a de cobalto e elementos de terras raras deve crescer entre 50% e 60%. A procura por cobre também tende a subir 30%, impulsionada principalmente pela expansão da mobilidade elétrica e dos sistemas de armazenamento de energia.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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