Um estudo de mobilidade da consultoria e auditoria EY (Ernst & Young), encaminhado em primeira mão a VEJA, apontou que o brasileiro está mais propenso a adquirir um automóvel nos próximos meses em relação à média da taxa global. Segundo o levantamento, que ouviu 15.000 pessoas em 20 países, a intenção de compra de carros no país é de 70% da população, contra 44% no mundo. Já a preferência, de acordo com a intenção dos consumidores brasileiros, seria a aquisição de um modelo SUV (37%), seguido por sedã (34%) e hatch (14%).
Além do Brasil, a pesquisa intitulada “Índice de Mobilidade do Consumidor” aponta números expressivos para a aquisição de veículos na Índia (70%), no México (64%), na China (61%) e nos Estados Unidos (60%). Na Europa, apenas a Itália apresentou dados de intenção de compra de um novo veículo acima dos 50% – no caso, 54%. O levantamento também observou que, no Brasil, 64% dos potenciais compradores de carros estão mais inclinados a adquirir um novo automóvel no período de até 12 meses; 36% dos respondentes afirmam que querem obter um veículo entre 12 e 24 meses.
O estudo apontou, ainda, que o brasileiro tem mais pretensão de adquirir modelos de automóveis elétricos ou híbridos em relação a média global. O número, entre os brasileiros, fica em 57%, contra 55% no mundo. Para os brasileiros, os principais motivos para essa escolha são os altos preços dos combustíveis e as preocupações ambientais, ambos com 46%. A capacidade de tração integral (27%) e a melhor eficiência do motor elétrico ou híbrido (24%) aparecem na sequência. Segundo a pesquisa, 78% dos brasileiros estariam dispostos a pagar até 30% mais caro em veículos elétricos ou híbridos.
No entanto, o custo de compra inicial (38%), a falta de estação de carregamento (36%) e de infraestrutura adequada de carregamento (30%) são as três principais preocupações dos potenciais compradores de carros elétricos ou híbridos no Brasil. Em relação ao carregamento doméstico, o alto custo de instalação surgiu como a preocupação mais proeminente para 54% dos entrevistados brasileiros, contra 46% na média global. Já no carregamento público, os participantes estão mais preocupados em encontrar uma estação de carregamento do que em custos de carregamento elevados, 54% no Brasil e 46% na média global.