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Novas regras do cheque especial começam a valer hoje; entenda o que muda

Taxa de juros mensal da modalidade de crédito será limitada em 8% ao mês; bancos podem cobrar tarifas sobre limites acima de R$ 500

Por Larissa Quintino Atualizado em 6 jan 2020, 10h37 - Publicado em 6 jan 2020, 09h58
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  • Começam a valer nesta segunda-feira, 6, as novas regras do cheque especial. Segundo resolução do Banco Central, as instituições financeiras só poderão oferecer essa modalidade de crédito com juros mensais de até 8% ao mês. Porém, os bancos podem cobrar uma tarifa para disponibilizar a modalidade na conta do cliente.

    A cobrança dessa nova tarifa acontecerá, em primeiro momento, apenas para novos contratos. Ou seja, para quem abrir uma nova conta ou contratar limite de cheque especial a partir desta segunda. Para quem já tem cheque especial, a mudança nas regras passará a valer a partir de 1º de junho. Pela norma, os bancos podem cobrar uma taxa de até 0,25% por mês sobre o valor disponibilizado do limite acima de 500 reais. Essa taxa mensal será cobrada mesmo se o cliente não usar o limite do cheque especial.

    Caso o cliente tenha limite de cheque especial de até 500 reais, ele é isento da cobrança. Porém, um consumidor que tem 5.000 reais de cheque especial só terá isenção em 500 reais. Os 4.500 reais excedentes estão sujeitos a cobrança. Neste caso, esse consumidor pode pagar 11,25 reais por mês. Caso ele use o crédito, essa quantia será descontada do valor que ele terá de pagar em juros.

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    As alterações foram definidas em novembro pelo Banco Central. Até então, não havia nenhuma limitação de taxa para o cheque especial, que é uma das modalidades de crédito mais caras do país.

    Os clientes que têm limite de crédito superior a 500 e que não querem ser taxados precisam contatar seus bancos para checar se haverá isenção ou pedir a redução do valor do crédito disponível. A orientação é que a solicitação gere um número de protocolo, para que o cliente possa cobrar a posição do banco depois.

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    Crédito caro

    Segundo dados do Banco Central, a taxa média do cheque especial ficou em 306,6% ao ano em novembro, equivalente a uma taxa de cerca de 12% ao mês.

    Com a redução estipulada, os juros cairão quase pela metade, para 8% ao mês (151% ao ano), mas esse crédito ainda continuará sendo um dos mais caros do mercado e deve ser usado em caso de emergências.

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    O Banco Central autorizou a cobrança de taxa mensal sobre o limite e a redução de até 8% no valor dos juros do crédito para tentar reduzir o valor do cheque especial.

    O BC disse que autorizou a cobrança da taxa para ajudar a reduzir o custo do cheque especial. Hoje, os bancos disponibilizam cerca de 350 bilhões aos clientes como limite. Desse total, apenas 26 bilhões são de fato utilizados pelos clientes.

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