Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Novas suspeitas contra Ghosn envolvem repasses a empresário saudita

Preso em Tóquio, presidente afastado da Nissan é suspeito de ter usado recursos da empresa japonesa de automóveis para pagar dívidas a Khaled Al-Juffali

Por Reuters Atualizado em 26 dez 2018, 21h20 - Publicado em 26 dez 2018, 21h18
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Novas suspeitas levantadas por promotores de Tóquio contra o presidente afastado da Nissan, o franco-brasileiro Carlos Ghosn, envolvem o uso de recursos da empresa para pagar um empresário saudita que o ajudou a superar dificuldades financeiras, segundo duas fontes da empresa com conhecimento do assunto.

    Promotores pediram prisão de Ghosn pela terceira vez na sexta-feira 21, sob acusação de quebra de confiança por transferir para a montadora seus prejuízos com investimentos pessoais.

    Segundo um comunicado dos promotores, em torno de outubro de 2008, Ghosn tentava lidar com perdas nominais de 1,85 bilhões de ienes (16,6 milhões de dólares), decorrentes de um contrato de swap com um banco não identificado pelos responsáveis pelo caso.

    Uma pessoa ajudou a conseguir uma carta de crédito para Ghosn e a empresa dessa pessoa recebeu depois 14,7 milhões de dólares em recursos da Nissan por meio de quatro pagamentos entre 2009 e 2012, segundo o comunicado da promotoria. O texto acrescenta que os repasses foram feitos no interesse de Ghosn e dessa pessoa.

    “Ao fazer isso, Ghosn comportou-se de uma forma que quebrou a confiança, e infligiu dano à propriedade da Nissan”, diz o comunicado. O texto diz ainda que Ghosn tentou fazer com a própria Nissan arcasse diretamente com seus prejuízos.

    Continua após a publicidade

    De acordo com fontes da Nissan com conhecimento da investigação interna sobre seu ex-chefe, a pessoa que ajudou Ghosn é Khaled Al-Juffali, vice-presidente de um dos mais conglomerados sauditas, o E.A. Juffali and Brothers, e também membro do conselho da Autoridade Monetária da Arábia Saudita.

    Ele é também o controlador da empresa Al-Dahana, que detém metade de uma joint venture local chamada Nissan Gulf. A outra metade é controlada por uma unidade da Nissan.

    O xeique Khaled Juffali não quis comentar o assunto, de acordo com um comunicado enviado pela E.A. Juffali and Brothers. O advogado de Ghosn em Tóquio, Motonari Otsuru, não estava disponível para comentar. A família de Ghosn não quis comentar.

    Continua após a publicidade

    Outras mídias disseram que Ghosn, por meio de seu advogado, negou ter transferido perdas pessoais para a Nissan e disse aos investigadores que os quatro pagamentos tiveram razões legítimas para a empresa, incluindo um bônus para solução de problemas com revendedores da Nissan na Arábia Saudita.

    O promotores de Tóquio responsáveis pelo caso não quiseram comentar. Questionado sobre as alegadas declarações de Ghosn, um porta-voz da Nissan disse não poder comentar “assuntos ligados à prisão de Ghosn por quebra de confiança”.

    As fontes da Nissan com conhecimento do assunto disseram que os investigadores da montadora concluíram que Ghosn não teve sucesso na tentativa de fazer com que a empresa pagasse seus prejuízos diretamente.

    Ghosn então recebeu a ajuda de Al-Juffali, que usou seus próprios ativos como garantia para que um banco emitisse uma carta de crédito que era cobrada de Ghosn pelo Shinsei Bank, sediado em Tóquio, segundo as fontes. A agência Reuters não conseguiu identificar o banco que emitiu a letra de crédito.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.