Novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caem para o menor nível desde abril
Resultado surpreende os analistas, que projetavam um aumento dos pedidos de auxílio na semana passada
Na semana encerrada em 12 de julho, os Estados Unidos registraram 221 000 pedidos iniciais de seguro-desemprego. O número representa uma queda de 7 000 solicitações em relação à semana anterior. É também o menor patamar desde meados de abril, segundo a imprensa americana, além de ficar abaixo dos 240 000 reportados no mesmo período do ano passado. O resultado surpreendeu o mercado, que projetava uma alta, também de 7 000 requisições, na semana passada.
Com isso, a média móvel de quatro semanas recuou de 235 750 para 229 500. Como o número total de pessoas beneficiadas é apurado com uma defasagem de uma semana, o contingente de desempregados que recebem o auxílio ainda não captou esse recuo. O dado divulgado nesta quinta-feira, 17, mostra que na semana de 5 de julho, 1,956 milhão de americanos recebiam o seguro, um incremento de 2 000 pessoas em relação à semana anterior. Com isso, o percentual de beneficiado correspondeu a 1,3% do total de americanos elegíveis ao seguro-desemprego.
Os economistas tentam agora explicar os motivos para o inesperado recuo das requisições na semana passada. Segundo a agência de notícias Reuters, uma hipótese é que o modelo utilizado pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos para apurar os números tenha se descalibrado, devido a fatores sazonais que desafiam uma apuração precisa.
Seria o caso, por exemplo, das montadoras, que costumam paralisar parte da produção durante o verão do Hemisfério Norte, que se estende de junho a setembro. com o objetivo de realizar manutenções e preparar as linhas para receber novos modelos de veículos. Como cada companhia suspende a operação no momento em que lhe convém, o ajuste sazonal dos dados de seguro-desemprego torna-se mais difícil.
De qualquer modo, os indícios de resiliência do mercado de trabalho americano foram detectados por diversos observadores nas últimas semanas. Nesta quarta-feira, 16, por exemplo, o Livro Bege do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, destacou que muitas empresas têm adiado decisões sobre eventuais demissões em massa e optaram pela moderação para ampliar o quadro de pessoal ou repor vagas em aberto, até que fiquem mais claras as consequências das sobretaxas impostas pelo presidente Donald Trump a praticamente todos os países. O tarifaço deve entrar em vigor em 1º de agosto, enquanto importantes países ainda negociam com a Casa Branca a redução das tarifas previstas.
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:







