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Número de brasileiros que deixam de viajar supera Europa e EUA, aponta pesquisa

Segundo executivo, inflação é a principal razão para diminuição de viagens; em 2023, nenhum membro da família viajou em 80% dos lares brasileiros

Por Leticia Yamakami Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 fev 2025, 20h35 - Publicado em 19 fev 2025, 20h30

Milhões de brasileiros estão deixando de viajar devido a dificuldades financeiras, um número que superou a Europa e os EUA, segundo uma pesquisa recente da Flixbus, empresa de tecnologia em transporte rodoviário. O levantamento aponta que 23% dos brasileiros viajam bem menos hoje do que antes da pandemia. Na Europa, esse índice é de 14%, e, nos EUA, 17%. Entre os brasileiros que reduziram suas viagens, 49% apontam a falta de dinheiro como principal motivo.

Os dados do estudo vêm em meio à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do IBGE: em 80% dos lares brasileiros (62,1 milhões), nenhum membro da família viajou em 2023. Entre as camadas de baixa renda, o impacto é ainda maior: 90% dos brasileiros que vivem com até meio salário-mínimo não viajaram, nem mesmo por necessidades básicas, como saúde ou trabalho.

Tanto na classe média quanto na baixa, o principal fator que levou a esse cenário foi o aumento nos preços dos alimentos e combustíveis, de acordo com Edson Lopes, presidente da FlixBus. “O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) está muito abaixo da percepção real de aumento dos custos. Então, os brasileiros não estão deixando de viajar por conta do impacto negativo na renda em si. É o impacto inflacionário”, disse o executivo a VEJA.

A pesquisa da FlixBus mostra que os preços mais baixos são um critério decisivo na escolha do transporte para viajar. Em dezembro do ano passado, as passagens aéreas chegaram a custar até oito vezes mais do que as rodoviárias em rotas populares como São Paulo a Rio de Janeiro, o que faz do ônibus uma opção mais acessível para os turistas. Dos respondentes que utilizam ônibus de viagem, 64% escolhem o modelo pelo preço acessível, 54% pelo conforto e 43% pela segurança.

Para Edson Lopes, o preço menor pago em alternativas rodoviárias poderia ser ainda mais acessível em caso de incentivos para uma maior competitividade no setor. “Hoje, as linhas de ônibus interestaduais são monopólios e oligopólios. Precisa-se de uma abertura de mercado de fato para que mais empresas operem. Assim, viajar de ônibus vai ser muito mais barato”, afirma.

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