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“O Brasil decepcionou”, diz economista inglês que criou o termo BRIC

Jim O’Neill alçou o país ao estrelato global ao definir as grandes economias emergentes do mundo

Por Carlos Valim Atualizado em 4 jun 2024, 13h14 - Publicado em 19 mar 2021, 06h00
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  • RETROCESSO - O’Neill: país sofre da maldição das commodities -
    RETROCESSO - O’Neill: país sofre da maldição das commodities - (K. Y. Cheng/South China Morning/Getty Images)

    Presidente do conselho do prestigiado instituto britânico Chatham House, o economista inglês Jim O’Neill alçou o Brasil ao estrelato global ao cunhar o termo BRIC para definir as grandes economias emergentes do mundo. Hoje, reconhece que o país não cumpriu as expectativas.

    Qual foi a grande decepção entre os BRIC? Sem dúvida, o Brasil e a Rússia. China e Índia estão bem na direção de fazer o que previmos para elas, enquanto os dois países regrediram na última década.

    O que justifica isso? Apesar de o Brasil ser uma democracia e a Rússia, não, há grandes similaridades nos casos. A primeira é a maldição das commodities, que faz com que diversas economias emergentes tenham muitas dificuldades para se livrar da dependência dos ciclos de preços desses produtos. Quando é favorável, acabam ficando muito preguiçosas e não perseguem boas políticas econômicas. Além disso, são países com pouca poupança, o que corresponde a taxas baixas de investimento. Dessa forma, o setor governamental é excessivamente dominante na economia, o que leva a muitas ineficiências e à baixa produtividade.

    Com o empobrecimento da última década, o Brasil deixou de ser a estrela dos BRIC? A posição contrastante do país de uma década para cá demonstra que a sua situação foi exagerada em ambas as direções. Ela não era tão boa quanto parecia. E, nos últimos anos, o real esteve tão fraco que isso exagera o declínio relativo da importância do Brasil no mundo.

    Não seria o momento para uma visão equilibrada? Uma coisa que o Brasil nunca costuma ser é estável. Sei como os câmbios são voláteis, mas isso não apaga o péssimo desempenho recente. Nós pensávamos, no começo deste milênio, que o Brasil dos anos 1980 havia ficado para trás.

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    Perder posições no ranking de maiores economias tira a importância do país internacionalmente? Infelizmente, sim, comercial e diplomaticamente. O acordo travado entre o Mercosul e a União Europeia é um exemplo. O país perdeu influência internacional. Agora, o tema ambiental deve ganhar cada vez mais importância durante 2021 e o país precisa se esforçar para melhorar a sua imagem nessa área, que é uma das poucas na qual todos os grandes países concordam, tanto Estados Unidos quanto China.

    Fora dos BRIC, outros emergentes populosos demonstram grande potencial? A Indonésia está na posição mais forte neste grupo. Se o Brasil tiver outra década difícil, ela pode ultrapassá-lo.

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    Publicado em VEJA de 24 de março de 2021, edição nº 2730

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