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O café e o soft power brasileiro depois das tarifas de Trump

Brasil estuda adotar medidas que visam mostrar soberania e poder de fogo, porém sem atacar a economia brasileira

Por Tássia Kastner
Atualizado em 11 jul 2025, 11h17 - Publicado em 11 jul 2025, 08h37

As ações globais amanhecem nesta sexta-feira em queda, pressionadas pelos novos disparates político-comerciais de Donald Trump. Depois do Brasil, o presidente americano voltou a anunciar tarifas sobre importações estrangeiras do Canadá (35%) e ainda avisou que sua “carta” chegaria à União Europeia nesta sexta.

O resultado é que os futuros americanos estão em baixa, assim como os principais índices europeus.

O EWZ, fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, também recua. Por agora, uma queda modesta, de 0,18%. Mais ou menos na mesma tendência dos mercados na véspera. Poderia ter sido bem pior. O estrago do ataque político de Trump ao Brasil, pela via econômica, foi, ao menos no primeiro pregão, apenas um peteleco na bolsa brasileira. O Ibovespa fechou quinta-feira em baixa de 0,54%.

O governo brasileiro anunciou que recorrerá à Organização Mundial de Comércio contra os EUA, e diz que está disposto a negociar. Mas, sem acordo, deve usar as tarifas recíprocas para retaliar os Estados Unidos. Não há regime olho por olho, dente por dente. A ideia ventilada pelo governo é taxar a produção audiovisual e quebrar patentes de medicamentos. São medidas que visam mostrar soberania e poder de fogo, porém sem atacar a economia brasileira.

Talvez a maior proteção aos EUA tenha sido imposta pelo próprio Trump. O cafezinho dos americanos fica mais caro, já que o país depende fortemente da produção brasileira. A saber: 35% do café tipo arábica, mais nobre, consumido por lá, vem do Brasil. Isso num momento em que quebras de safra já elevaram os preços do produto, o que tem incomodado os consumidores. Resumindo o que se chama de soft power.

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Piada à parte, o fato é que, apesar de também ser um grande produtor de commodities, os EUA exigem do Brasil , além do café, minério de ferro, petróleo e suco de laranja, por exemplo. As commodities mais caras significam, via de regra, inflação subindo.

Não está claro, ainda assim, qual deve ser o resultado dessa nova rodada de ataques de Trump a parceiros comerciais. Nisso, a tendência é de queda das bolsas. O tombo modesto mostra que os investidores apostam no específico TACO – Trump Always Chickens Out (Trump sempre amarela, no bom português).

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do programa VEJA Mercado:

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