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‘O Gripen é como um ótimo Fórmula 1’, diz piloto da FAB

Comandante do Esquadrão Gripen, o tenente-coronel Ramon Fórneas explica por que a aeronave significa um grande salto tecnológico para o Brasil

Por Marco Damiani
Atualizado em 25 abr 2025, 09h15 - Publicado em 25 abr 2025, 06h00

 

Como o senhor posiciona a defesa aérea do Brasil em comparação com as potências mundiais? O Brasil está na vanguarda da América Latina e do mundo em matéria de defesa aeroespacial. Temos um novo sistema de arma aérea, o F-39 Gripen, e somos assegurados pelo Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Sisdabra), que engloba equipamentos diversos de detecção radar e pessoal especializado em todo o território nacional.

Qual é o papel dos novos caças supersônicos nesse plano? A operação dos caças aumenta a capacidade de dominar o poder aeroespacial e manter a soberania do espaço aéreo do país. Eles têm maior autonomia e ampliam o nosso raio de atuação. O nosso nível de pronta-resposta frente ao tráfego aéreo aumenta.

Poderia descrever qual é a sensação de pilotar o Gripen? É emocionante. Para os amantes da velocidade, é como um dos melhores carros da Fórmula 1. Essa comparação vale para todas as áreas: tecnologia embarcada, potência do motor, performance, velocidades atingidas, alta carga G suportada, a complexidade dos sistemas, a quantidade de informações gerenciadas e o pouco tempo para a tomada de decisão.

Por que esse avião tem feito tanto sucesso num meio tão concorrido? O Gripen é conhecido mundialmente como o smart fighter, o caça inteligente. O avião pensa junto com o piloto. As informações são apresentadas de modo muito bem pensado. Em aviação, esse conceito se chama Interface Homem Máquina (MMI, na sigla em inglês).

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Como funciona a estrutura em torno dos caças? Os aviões fazem parte do 1° Grupo de Defesa Aérea — Esquadrão Jaguar, na Base Aérea de Anápolis. Precisamos dos pilotos, e também de todo o pessoal de solo, responsável pelas estações de planejamento, simuladores de voo, guerra eletrônica e manutenção. A formação desse time demanda tempo e treino. Desde o início das operações, em dezembro de 2022, todos os voos Gripen foram para a formação e a qualificação operacional de pessoal.

Qual é o atual estágio de desenvolvimento dos Gripen? Estão sendo entregues as novas capacidades da aeronave, entre elas a de disparar mísseis. O grande desafio neste ano é a atualização de pilotos manuais, adequação da unidade aérea e treinamento.

O que significa para o senhor liderar o Esquadrão Gripen? Tenho gratidão pela FAB e pelo Alto-Comando da Aeronáutica por terem me escolhido para liderar esse grupo, acreditando no meu trabalho de mais de 25 anos. Há também responsabilidade, preocupação e, claro, muito orgulho.

Publicado em VEJA, abril de 2025, edição VEJA Negócios nº 13

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