Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

O impacto do coronavírus no mercado dos casamentos

Das novas propostas de decoração aos convites online, saiba como os fornecedores estão se preparando para o pós-pandemia

Por Maria Clara Vieira 25 abr 2020, 18h27
  • Seguir materia Seguindo materia
  • No sempre lucrativo e engenhoso mercado de festas, responsável por movimentar mais de 17 bilhões de reais por ano no Brasil, a pandemia do novo coronavírus causou um estrago sem precedentes – em especial, no ramo dos casamentos. Uma vez decretadas as medidas de isolamento, sumiram do calendário todos os eventos entre março e – para os mais otimistas – meados de julho, um abate de cerca de 40% da receita anual prevista para cerimonialistas, doceiros, floristas e toda sorte de profissionais envolvidos no “felizes para sempre”. Mesmo que com a maioria das celebrações reagendadas para o segundo semestre ou para 2021 (enquanto alguns corajosos encaram a cerimônia à distância ou online – leia reportagem aqui), o impacto dificilmente será atenuado. “A maioria dos cerimonialistas, por exemplos, vive por doze meses com os rendimentos da alta temporada, entre maio e outubro. É essencial que saibam negociar com o cliente”, explica Roberto Cohen, responsável por algumas das mais portentosas cerimônias do mercado. 

    O impacto é diferente para cada tipo de serviço: enquanto cerimonialistas e fotógrafos trabalham mediante pagamento prévio, floristas estão entre os que têm mais a perder com os adiamentos. Cerca de 90% das safras colhidas no início do ano foram completamente descartadas. “Como não sabemos quanto tempo a pandemia vai durar, fica impossível preparar para os eventos do segundo semestre. Cada flor tem um tempo de crescimento diferente e e não dá para prever quando se deve recomeçar o plantio”, explica o decorador Orlando Ambrósio. Para as primeiras festas pós-quarentena, a alternativa será trabalhar com cartelas de cores ao invés de espécies, dado que nem todas estarão disponíveis para colheita imediata quando tudo voltar ao normal. Para outros fornecedores, a crise ainda possibilita algumas inovações. Além de investir nos kits para festa caseira, compostos por um bolo pequeno e vinte docinhos, a doceira Andrea Schwartz decidiu enviar uma caixinha de quitutes para as noivas “adiadas”, no dia em que seria realizado o casamento. “É uma forma de marcar presença, de fazer o cliente sentir que não será abandonado”, explica a profissional.

    Também entram em cena os convites online e ensaios “pré-wedding” feitos no capricho – onde mais? – em casa. Tudo sem custo extra para o casal. Se, ao sinal das primeiras restrições, houve quem tentasse imputar ao cliente o preço das perdas, agora, os fornecedores fazem o que for preciso para evitar a perda de contratos. “O mercado caiu em cima de todo mundo que tentou cobrar alguma multa ou aplicar a tabela de 2021. Agora não é hora de olhar a linha fina”, ressalta Cohen, que acredita que a crise pode trazer transformações positivas para o setor. “Penso que pessoas vão aceitar melhor os convites por WhatsApp em cima da hora, além de dar mais valor às confirmações de presença. O brasileiro é muito exigente para fazer festa. Talvez essa crise nos faça lembrar que a única coisa que ‘tem que ter’ em qualquer comemoração são os noivos com saúde”, diz o especialista.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.