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O Pix do Brasil já conseguiu o que as criptomoedas estão tentando, diz Nobel de economia

Paul Krugman sugere que o Brasil pode ter criado o "dinheiro do futuro" enquanto os EUA combatem a criação de um sistema público de pagamentos digitais

Por Juliana Elias Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jul 2025, 21h56 - Publicado em 22 jul 2025, 13h54

Franco crítico do presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, o economista e vencedor do Nobel Paul Krugman comparou, nesta terça-feira, 22, o Pix brasileiro com as tentativas ainda atrasadas, em sua opinião, de criar um sistema de pagamentos digitais nos Estados Unidos, e afirma que o Brasil pode ter criado “o futuro do dinheiro”. As afirmações fazem parte de uma publicação feita em seu blog pessoal nesta manhã. O Pix entrou para a lista de várias políticas brasileiras questionadas por Trump como barreiras comerciais, já que estaria afetando a concorrência de empresas de cartões e pagamentos, inclusas grande multinacionais americanas.

“Seria possível criarmos uma versão parcial de uma moeda digital emitida pelo Banco Central (CBDC, na sigla em inglês)? Haveria um jeito de manter as contas dos bancos privados, mas também prover um sistema de pagamentos público e eficiente por fora dessas contas?”, questiona o economista americano. “Sim, nós poderíamos. E sabemos disso porque é algo que o Brasil já fez”, acrescenta, mencionando o sucesso do Pix, que já é usado por mais de 90% dos brasileiros, de acordo com dados mais recentes do mercado, e foi só o primeiro passo para a moeda digital que o Banco Central brasileiro deve lançar em breve, o Drex.

O Pix e as criptomoedas

Para Krugman, o sucesso do Pix, lançado em 2020, já replica com folga, no Brasil, o que as criptomoedas prometem desde que começaram a aparecer, há mais de uma década. “Não posso deixar de notar que o Pix está, de fato, conquistando o que os impulsionadores das criptomoedas alegam, falsamente, serem capaz de entregar por meio do blockchain – baixos custos de transação e inclusão financeira”, escreveu ele. “Basta comparar os 93% de brasileiros que usam o Pix com os 2%, isso mesmo, 2% dos americanos que usaram criptomoedas para comprar algo ou fazer um pagamento em 2024.”

O ponto de partida das críticas de Krugman foi a aprovação na semana passada, no Congresso americano, do ato chamado Genius, que regulamenta o uso da stablecoins no país e deve impulsionar o seu uso, considerado arriscado por Krugman por “abrir caminho para futuros golpes e crises financeiras”. As stablecoins são um tipo de moeda digital lastreada a ativos reais, como o dólar, e, por isso, menos voláteis que outras, como o Bitcoin.

Ao mesmo tempo, a Câmara dos Representantes também aprovou o “ato anti-CBDC”, projeto que veda expressamente a criação de uma moeda digital pelo Federal Reserve, o banco central norte-americano. A justifica é a proteção dos dados dos cidadãos de intervenção dos órgãos públicos. Este texto ainda precisa de aprovação no Senado. Foi um pacote tão substancial de medidas ligadas às criptomoedas votado de uma só vez no Congresso americano que a semana foi chamada de “Cripto week” no país.

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“Então, será que vamos ter um sistema como Pix nos Estados Unidos? Não. Ou, pelo menos, não por um bom tempo”, diz Krugman. “A indústria financeira dos Estados Unidos tem muito poder, e nunca vai permitir a competição de um sistema público – em especial se for superior. (…) Outras nações devem aprender com o sucesso do Brasil em desenvolver um sistema de pagamentos digitais. Mas os Estados Unidos vão provavelmente ficar presos em uma combinação de interesses particulares com cripto-fantasias.”

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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