Ainda dá para aproveitar o fim do ano para pagar menos imposto de renda em 2018. A dica de especialistas é aproveitar as regras da previdência privada, doações a causas sociais e planejar gastos e recebimentos para economizar no próximo ano.
Um tipo de transação que ainda pode ser feito até o dia 31 é o aporte de recursos em, planos de previdência do tipo PGBL. Esta modalidade permite o abatimento no imposto de até 12% do valor investido.
Dessa forma, quem tem um plano do tipo ou planeja fazê-lo, pode aproveitar e fazer a operação até fim do ano, para aproveitar a redução na declaração de 2018. Mas é preciso ficar atento à forma de fazer a declaração no ano que vem. “Para ter o benefício, é preciso fazer a declaração completa. As pessoas esquecem disso”, orienta Fábio Silva, coordenador do MBA de gestão tributária da Fipecafi.
Outra possibilidade é a de destinar parte do imposto de renda que deverá ser pago a projetos sociais. É possível destinar até 8% do dinheiro desta forma, em vez de pagar essa mesma quantia ao governo. Destes, até 6% pode ir para trabalhos destinados ao amparo à criança e ao adolescente, idosos e incentivo à cultura e ao esporte. Há mais duas modalidades, de apoio a portadores de deficiência e atenção oncológica, que permitem destinação de 1% cada.
A planejadora financeira certificada pela Planejar Luciana Pantaroto alerta que é preciso que os projetos tenham algum vínculo com governo (municipal, estadual ou federal) e estejam cadastrados na Receita Federal. “É importante guardar o comprovante da doação”, recomenda. Se essas destinações forem feitas no ano seguinte, o limite de destinação cai para 3%.
Planejamento
Em relação ao planejamento, é possível postergar ou antecipar operações financeiras neste fim do ano. Segundo Silva, muitas pessoas aproveitam o início do ano para ir ao médico. A dica é, se for viável, antecipar procedimentos para este ano, para aproveitar a dedução no IR de 2018. “Não há limite para deduções de gastos médicos. Só não pode incluir procedimentos estéticos”, diz.
Outro comportamento comum em fim de ano é retirar dinheiro de aplicações financeiras. Mas pode ser que o ativo esteja prestes a mudar para uma faixa de imposto menor, por causa do período investido. No caso de empresários, se houver dividendos a receber, uma alternativa é buscar esses recursos em dividendos a recebe, em vez de mexer na aplicação próxima a mudar de alíquota. “Por lei, os dividendos são isentos de Imposto de Renda”, explica.