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O que explica o protagonismo da indústria no PIB do 3° tri

O setor cresceu 1,7% na comparação anual, puxada pela alta de 11,9% nas indústrias extrativas, com a maior extração de petróleo e gás

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 dez 2025, 11h00 - Publicado em 4 dez 2025, 10h58

 A economia brasileira praticamente ficou parada no terceiro trimestre de 2025. O Produto Interno Bruto avançou apenas 0,1% em relação ao trimestre anterior, informou o IBGE. Em valores correntes, movimentou R$ 3,2 trilhões. A variação, embora positiva, ficou abaixo da expectativa do mercado, que esperava creacimento de 0,2%, e também do desempenho em relação ao segundo trimestre, quando o país havia crescido 0,4%.

Na comparação anual, o desempenho é mais alentador: 1,8% ante o terceiro trimestre de 2024, com um avanço acumulado de 2,7% em 12 meses. Ainda assim, trata-se de uma economia que perde tração. E, nesse cenário de desaceleração, chama atenção o componente que mais evitou um resultado pior: a indústria.

O setor industrial cresceu 1,7% na comparação anual, número expressivo para um segmento historicamente marcado por volatilidade.

O maior destaque, de longe, veio das indústrias extrativas, que registraram expansão de 11,9%. Segundo o economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, a forte alta se deve ao aumento da produção de petróleo e gás, impulsionada pelas plataformas do pré-sal, cujo volume e produtividade continuam a reposicionar o Brasil no mapa global de energia. A mineração também surfou a demanda internacional por minerais estratégicos.

A construção civil cresceu 2%, beneficiada por um mercado de trabalho resiliente e pela reativação do Minha Casa Minha Vida, que mantém aquecidas as obras habitacionais. “O setor sofreu com o aperto monetário mais forte, mas, com os incentivos em curso e as medidas planejadas para o próximo ano, tende a exibir novamente uma performance mais favorável”, diz Campos Neto.

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A contrapartida veio da indústria de transformação, que recuou 0,6% no período. Segmentos como coque e derivados de petróleo, produtos de metal, bebidas e madeira puxaram a queda. O resultado evidencia o peso das dificuldades enfrentadas pela manufatura brasileira: concorrência intensa com a China, custos pressionados e um ambiente doméstico pouco favorável à escala e à produtividade.

“Mesmo com algum alívio após o tarifaço que impactou o setor no primeiro semestre, a transformação segue em um quadro desafiador”, explica Campos Neto. “Não é um setor com perspectiva de melhora rápida, os obstáculos devem persistir nos próximos meses e até nos próximos anos”, alerta.

Nem mesmo o segmento de eletricidade, gás, água e resíduos escapou: caiu 1%, puxado pelas bandeiras tarifárias vermelhas que vigoraram durante todo o trimestre.

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A pujança das atividades extrativas e o fôlego recuperado da construção foram fundamentais para que a indústria, como um todo, sustentasse parte do crescimento nacional.

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