O varejo já começa a se preparar para a Black Friday, que neste ano cairá no dia 24 de novembro. A expectativa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) é de que as vendas deste ano cresçam 15% em relação ao mesmo período de 2016.
Esse aumento não deve ser sentido da mesma forma pelos diferentes formatos de comércio. O presidente da ACSP, Alencar Burti, admite que a data ainda é mais ligada ao comércio on-line do que às lojas físicas. “A Black Friday ainda é muita restrita à internet e a alguns segmentos do mercado, como o de eletroeletrônicos”, afirma.
Os eletroeletrônicos são os itens mais buscados pelos consumidores que pretendem fazer compras na Black Friday, com destaque para os smartphones. Também há grande interesse por roupas femininas e passagens aéreas, segundo pesquisa encomendada pelo Google sobre o comportamento do consumidor brasileiro na Black Friday.
Pesquisa interna do Google revela que a Black Friday ajudou a impulsionar a venda de diversas categorias de produtos no ano passado. Entre os principais destaques estão pneus (155%), colchões (183%), cápsulas de café (213%) e carrinhos de bebê (106%).
Comportamento de consumo
A pesquisa sobre comportamento do consumidor na Black Friday mostra que o brasileiro está disposto a pesquisar antes de comprar. No ano passado, 91% fizeram pesquisas on-line por 16,5 dias em média.
Segundo Burti, a adesão de lojas físicas às promoções aumentou no ano passado, com descontos durante toda a semana, não apenas na sexta. Burti diz que esse fenômeno deve ocorrer novamente neste ano. As lojas que repetirem a estratégia devem se dar bem. No ano passado, 21% das compras ocorreram fora da Black Friday – de segunda a quinta-feira ou no fim de semana.
O consumidor costuma ser fiel às lojas que costuma frequentar. De acordo com a pesquisa, dois terços das compras foram efetuadas nas mesmas lojas em que os entrevistados já compram regularmente.
Para um terço dos entrevistados, a Black Friday é o momento de comprar o que se desejava faz tempo. A pesquisa mostra que 23% aproveitam para estocar produtos pela oportunidade de preço e oferta e 9% compram para presentear.
Na decisão de compra, o preço é o item que mais pesa para 49% dos consumidores, seguido pela confiança na loja (27%), na marca (13%) e custo do frete (5%).
A pesquisa encomendada pelo Google ouviu 800 brasileiros, de 18 a 54 anos, das classes A, B e C, durante o mês de julho.