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O que o novo presidente da Fiesp tem a dizer sobre sua relação com Lula

Filho de José Alencar, Josué Gomes ressalta pouco contato com petista na vida pública, diz que não tem preferência política, mas faz elogio a ex-presidente

Por Felipe Mendes Atualizado em 18 fev 2022, 15h31 - Publicado em 18 fev 2022, 08h57

De perfil discreto e hábil com as palavras, o empresário Josué Gomes da Silva, recém-empossado como presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), comentou, nesta quinta-feira, 17, sobre sua ligação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Filho de José Alencar (1931-2011), vice-presidente do país durante os oito anos de governo Lula, Josué ressaltou que teve pouco contato com o petista, mas não deixou de defender o que considera “o maior líder sindical que o país já conheceu”.

“Durante os 12 anos que papai esteve em Brasília, dando sua contribuição para o país, eu devo ter visitado a capital umas dez vezes, se tanto. E fui lá mais como um líder de classe, por ter presidido a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) e o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) naquele período”, disse. “Eu fui convidado para algumas participações de conselho e não aceitei, justamente para separar. Meu pai cuidava de política e eu cuidava das empresas.”

À frente da Coteminas, gigante do setor têxtil, desde o fim da década de 1990, Josué disse que os empresários não precisam temer os resultados das eleições, seja o vencedor Lula ou o atual presidente Jair Bolsonaro. “O Brasil não precisa temer a quem ganhar a eleição. A gente precisa confiar na capacidade de escolha do povo brasileiro. Precisamos confiar na urna eletrônica, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Tomara que quem ganhe a eleição faça um grande governo”, diz ele, que se esquivou ao ser questionado sobre uma possível predileção à vitória de Lula. “A minha opinião pessoal é que eu não contribuo em nada dizendo se prefiro candidato A, B ou C.”

O empresário disse que “não é político” e, portanto, não pretende concorrer à reeleição no comando da entidade. Uma mudança clara de postura em relação ao seu predecessor no cargo, Paulo Skaf, que ocupou a presidência da Fiesp de 2004 a 2021, concorreu por três vezes ao governo de São Paulo e apoiou, em nome da entidade, manifestações contra a ex-presidente Dilma Rousseff no período. “Eu não sou oposição a ninguém. Não tenho partido político ou posição política. Minha posição é apolítica”, disse ele, que já foi filiado ao MDB, partido pelo qual concorreu ao Senado em 2014, e ao PR (atual PL) – ele disse que tomou cuidado de se desfiliar da sigla antes de assumir a posição na Fiesp.

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O presidente da entidade paulista prometeu, durante sua gestão, fomentar o crescimento da indústria, por meio de incentivos a projetos que envolvam conectividade e descarbonização. “Nossa prioridade é ajudar as pequenas e médias indústrias paulistas, numa meta de 40.000 empresas, a aumentarem a sua produtividade e chegarem a um grau de digitalização. Vamos dar todo o apoio e incentivo, por meio do Senai, para que a indústria inove. Outra meta é fazer com que a indústria de São Paulo exporte produtos de maior valor agregado, de maior conteúdo tecnológico. Isso passa pela aprovação da reforma tributária”, disse Josué. “O Brasil já teve um estoque de infraestrutura equivalente a 56% do PIB. Hoje, isso está em 36%. O Brasil parou de querer ser grande. O país se habituou com a mediocridade. Precisamos reverter isso urgentemente.”

Por fim, o empresário disse que juros altos trazem “malefícios à economia” como a dificuldade para tomada de empréstimo por parte das pequenas e médias empresas. “Os juros tratam a doença da inflação, mas não me parece que é a medicação adequada para a inflação que nós temos hoje, que é uma pressão de custos para as commodities. Não é o juro brasileiro que vai influenciar o preço do petróleo, da soja ou do algodão”, afirmou. “Só o Brasil está aumentando os juros dessa magnitude. Parece que às vezes o país gosta de usar essa medicação em doses maiores, talvez por um histórico de inflação alta ou resquícios de indexação. Mas esses juros altos vão trazer malefícios à economia. Já começa a se ter uma preocupação com o setor da construção, uma área que estava muito bem.”

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