ASSINE VEJA NEGÓCIOS

O recado de Fernando Haddad a Gabriel Galípolo, do BC

Declarações foram dadas um dia depois de o presidente Lula citar a "arapuca do BC" como razão pela alta dos alimentos

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 fev 2025, 10h18

Juros podem atrapalhar ou ajudar o país, depende da dose. O ministro Fernando Haddad disse que não há um remédio para toda hora  e na dose certa na economia. As declarações foram dadas em entrevista à rádio Cidade de Pernambuco, um dia depois de o presidente Lula citar a “arapuca do BC” como razão pela alta dos alimentos, em uma referência à previsão de alta de juros neste ano. A indicação de altas de juros em janeiro e março foi feita  pelo Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro, última reunião sob o comando de Roberto Campos Neto, com quem o presidente travou notórios embates. 

“O remédio para corrigir a inflação é, muitas vezes, você aumentar a taxa de juros para inibir a alta de preços. Agora, tudo isso tem que ser feito da maneira correta, na dose certa. Isso aqui nem é um antibiótico”, disse o ministro. Segundo ele, é preciso sabedoria para conduzir a política monetária. Desde janeiro, o economista Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula, é o presidente do Banco Central. Na visão de economistas e analistas, a comunicação mais dura na ata do Copom chama a atenção.

O ministro disse que a política monetária precisa equilibrar diferentes fatores, pois não se pode comprometer o crescimento da economia nem causar uma recessão. Além disso, destacou que é importante evitar problemas graves nas transações correntes com o exterior. Segundo ele, em alguns momentos, é necessário aumentar os juros para desacelerar a economia, pois se ela estiver muito aquecida, os preços tendem a subir. “Isso tudo é como você está conduzindo um organismo para uma estabilidade melhor.

O ministro destacou  ainda que a atual gestão tem atuado para corrigir distorções econômicas herdadas dos governos anteriores. “O déficit acumulado dos dois governos anteriores foi de quase 2 trilhões de reais. A dívida pública subiu muito desde que o presidente Lula deixou a presidência”, afirmou. 

Haddad também criticou benefícios fiscais concedidos a empresários ricos. “Os ricos foram muito favorecidos com isenção de impostos. Quem tinha um fundo em paraíso fiscal não pagava imposto no Brasil”, disse, enfatizando que o governo Lula mudou essa realidade ao tributar grandes fortunas mantidas no exterior.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.