Os empresários da construção estão menos dispostos a investir, se sentem pessimistas em relação ao cenário econômico pelo segundo mês seguido e o nível de atividade diminuiu. Os resultados estão Sondagem Indústria da Construção divulgada nesta sexta-feira, 21, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

A pesquisa mostra que intenção de investimento na indústria da construção recuou 3,1 pontos em fevereiro, atingindo 42 ponto. Apesar da queda,  a CNI registra que o indicador segue acima da média histórica de 37,9 pontos, o que indica que os empresários do setor ainda mantêm um nível de interesse superior ao padrão para novos investimentos.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da construção caiu 0,3 ponto em fevereiro, para 49,3 pontos, permanecendo pelo segundo mês consecutivo abaixo da linha de 50 pontos, que separa pessimismo de otimismo. Na prática, isso significa que os empresários do setor continuam céticos em relação ao cenário econômico.

Os industriais da construção avaliam que a situação piorou nos últimos seis meses e seguem pessimistas sobre o futuro da economia. No entanto, quando projetam os próprios negócios, demonstram uma visão mais positiva.

O setor também mostrou menor ritmo de atividade. Em janeiro, o índice de atividade da construção registrou 43,7 pontos, abaixo dos níveis de dezembro de 2024 e de janeiro do ano passado. De acordo com Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, a elevação da taxa de juros tem impactado diretamente o setor. “Pesquisas anteriores já haviam sinalizado esse efeito, e a alta da Selic desde o fim do ano passado reflete na queda da atividade”, explica.

No mercado de trabalho, houve pouca variação. O índice do número de empregados caiu ligeiramente, de 45,7 para 45,6 pontos. Já a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) recuou um ponto percentual na comparação anual, ficando em 67%.

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