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Ouro sobe, dólar cede: Trump está jogando contra a própria moeda?

Há especulações no mercado de que guerra comercial e ataque ao Fed façam parte de estratégia do republicano

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 abr 2025, 11h58 - Publicado em 22 abr 2025, 11h30

Em uma semana mais curta por conta do feriado, o Ibovespa, principal índice da da B3, operava em queda nesta terça-feira, refletindo o ajuste ao tombo das bolsas globais na véspera.

No pano de fundo, os mercados internacionais seguem atentos à escalada da tensão entre o presidente Donald Trump e o Federal Reserve (Fed). As críticas recentes de Trump ao presidente do Fed, Jerome Powell — acusado de “agir tarde demais” e pressionado publicamente a cortar juros — aumentaram os temores sobre a independência do banco central americano. Apesar de uma leve recuperação em Wall Street nesta manhã, o sinal de alerta permanece ligado.

A aversão ao risco impulsiona o ouro, que renovou máximas históricas, sendo negociado acima de US$ 3.500 por onça. O movimento em direção ao metal contribuiu para o alívio do dólar, que recuava a R$ 5,76 por volta das 11h.

Entre economistas, cresce a especulação de que os ataques de Trump ao Fed façam parte de uma estratégia mais ampla para desvalorizar o dólar. A guerra comercial intensificada nas últimas semanas também entra nesse radar. Com os EUA operando com uma dívida pública superior a US$ 34 trilhões, uma moeda mais fraca poderia aliviar a carga real dos passivos. “É uma hipótese, dentre tantas outras, que circula no mercado”, diz Marcus Macedo, chefe de investimentos do banco espanhol Andbank.

No Brasil, o risco fiscal continua como o principal vetor doméstico. “O aumento das despesas obrigatórias até o final da década e a rigidez orçamentária limitam a capacidade de reação do governo, transferindo a responsabilidade para o próximo mandato — que pode ser o mesmo”, afirma Diego Costa, chefe de câmbio da B&T XP. A avaliação reforça a expectativa de que ajustes estruturais serão inevitáveis no médio prazo, com impacto direto sobre ativos domésticos.

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