A geração de empregos com carteira de trabalho não foi uniforme em março. No mês passado, o saldo entre demissões e admissões ficou positivo em 56.151 vagas. Apesar de positivo, esse número não mostra como a criação de empregos ocorreu de forma desigual, principalmente entre os trabalhadores mais experientes.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho, mostram que foram abertas 27.229 vagas para homens e 28.922 para mulheres.
Por idade, entretanto, houve geração de emprego apenas para trabalhadores até 29 anos, tanto para homens quanto para mulheres. A partir dessa idade, houve demissão em todas as faixas etárias.
Até os 29 anos, foram criados 57.522 empregos formais para homens e 43.506 para mulheres. A partir dos 30 anos, foram eliminadas 44.877 vagas, sendo 30.293 para homens e 14.584 para mulheres.
Do total de empregos eliminados a partir dos 30 anos, a faixa etária que mais sofreu com os cortes é a dos funcionários com idade entre 50 e 64 anos, que concentra 51% das demissões entre homens e 71% entre as mulheres.
Por outro lado, a faixa etária com mais vagas criadas até os 29 anos é a trabalhadores entre 18 e 24 anos. Eles concentram 74% dos postos criados entre homens e 71,63% entre mulheres.
O grupo de pessoas que não identificaram sua cor foi o que mais conseguiu colocações, com 27.611 vagas no período, seguido por quem se considera pardo (15.857), preto (8.165), branco (5.755). Houve perda de trabalho para quem se identificou como amarelo (-870) e indígena (-367).
O levantamento mostra ainda que o salário médio na admissão era de 1.496,58 reais em março, contra 1.480,80 reais em fevereiro. Na demissão, o trabalhador recebia em média 1.650,88 reais no mês passado. No mês anterior o valor era de 1.646,37 reais.