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Para analistas, Fed muda de fase, mas mantém o pé no freio

Banco central dos EUA reduz juros mas mantém foco na inflação e no emprego, segundo especialistas

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 out 2025, 16h42 - Publicado em 29 out 2025, 16h29

Para os analistas, a decisão  amplamente esperada do Federal Reserve de reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 3,75% e 4%, marca alívio monetário, mas sem perda de foco no combate à inflação. “O caminho de queda das taxas está em curso, mas o passo é moderado. O Fed não está abrindo mão do controle da inflação e prefere avançar devagar, avaliando os próximos relatórios antes de se comprometer com cortes mais agressivos”, diz Willian Andrade, CIO da Kaya Asset Management.

Gabriel Jardim, CEO e fundador da Trade Arena, lembra que o corte “visa não apenas fomentar a economia e manter os empregos, mas também leva em conta a inflação ao consumidor de setembro, que veio acima do esperado”.

O comunicado reconheceu que o mercado de trabalho americano dá sinais de desaceleração, embora a inflação siga acima da meta. “O que ficou claro nesta decisão foi o reforço do foco do Fed no mercado de trabalho, mais do que na inflação. Eles reconhecem que o mercado de trabalho tem mostrado sinais de menor dinamismo e que parte disso já reflete a redução no ritmo de imigração, algo que já estávamos monitorando de perto”, diz Marcos Moreira, sócio da Garten Capital.

O Fed também anunciou que vai encerrar, até o fim de novembro, o processo de redução de seu balanço, um programa de venda de títulos iniciado em 2022 para enxugar liquidez. O balanço, que chegou a quase US$ 9 trilhões no auge da pandemia, deve parar de cair e se estabilizar em torno de US$ 6 trilhões, ainda acima do nível pré-pandemia.

Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, o movimento “tende a dar suporte aos ativos de risco globais no curto prazo”. Ele chama atenção, porém, para as dissidências internas. “Um dos dirigentes, Stephen Miran, defendeu um corte maior de 0,50 ponto, enquanto Jeffrey Schmid votou pela manutenção da taxa. Essa divisão mostra incerteza sobre o ritmo ideal de flexibilização, o que deve ser um dos temas centrais na ata.”

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Próximos passos

Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, avalia que o corte de 0,25 ponto era consenso e vê espaço para nova redução em dezembro: “Apenas eventos extremos poderiam demover o Fomc de realizar mais um corte de 0,25. O cenário para 2026, porém, permanece aberto. Ainda não está clara a magnitude do esfriamento do mercado de trabalho, nem o impacto do tarifaço sobre a inflação.”

Mas, na análise de Moreira, o Fed reforçou a visão de maior cautela e dependência de dados em relação as próximas decisões. ” Ou seja, a porta para corte de juros em dezembro não está totalmente aberta”, diz o sócio da Garten Capital.

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