Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Pela nona semana seguida, mercado projeta melhora no PIB para 2020

Segundo Boletim Focus, tombo da economia deve ficar em -5,28% em 2020; desde o início das revisões, em julho, indicador já melhorou 1,2 ponto porcentual

Por Larissa Quintino Atualizado em 3 mar 2021, 15h17 - Publicado em 31 ago 2020, 09h08
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Analistas do mercado financeiro continuam a melhorar a projeção da economia brasileira pra o ano. A previsão continua de uma recessão histórica, devido a crise do novo coronavírus, mas a estimativa melhora a cada semana. Segundo dados compilados pelo Boletim Focus, do Banco Central, e divulgados nesta segunda-feira, 31, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) recue 5,28% neste ano. Na semana passada, a projeção era de uma queda de 5,46%. Esta é a a nona semana consecutiva na melhora dos patamares do PIB para 2020 que de fevereiro até junho engatou dezoito semanas consecutivas de quedas. O processo de retomada das atividades econômicas, que culminou na melhora de alguns indicadores como indústria, comércio e serviços ajudam a arrefecer o pessimismo. Com isso, a visão que a fase mais aguda da crise ficou para trás continua forte.

    Após as estimativas para o PIB ficarem estáveis em junho, as previsões semanais do Focus em julho e agosto apontam para uma retomada. Os dados do Focus não indicam uma recuperação em “V”, jargão econômico para mostrar uma volta rápida, mas é indicativo de recuperação da economia, mesmo que lenta. Isso ocorre porque a queda da atividade econômica no segundo trimestre, especialmente em abril, deve levar o PIB a um choque histórico Nesta terça-feira, 1º, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga qual foi o patamar esse tombo. O período concentra o pior momento da crise para a economia do país — reflexos das necessárias medidas de distanciamento social com o fechamento de atividades não essenciais para conter a proliferação do vírus. A estimativa é que o tombo esteja na casa dos 10%. O IBC-Br, do Banco Central, que mede a atividade econômica, mostrou um tombo de 10,94% no período. O PIB, tem metodologia diferente e é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

    Com isso, a recessão é significativa e atinge o país no ano em que se esperava uma reação da economia, que dava sinais de recuperação da crise vivida entre 2015 e 2016. No início do ano, a expectativa do mercado financeiro era de que a economia brasileira crescesse 2,3%, acima dos desempenhos de 2017 e 2018 (+1,3%) e 2019 (1,1%).

    Continua após a publicidade

    A recomposição de renda trazida pelo auxílio emergencial a trabalhadores informais, que paga cinco parcelas de 600 reais a vulneráveis mais afetados pela crise, é um dos colchões que seguraram a economia brasileira durante a fase mais aguda da crise e tem ajudado a segurar o consumo, melhorando as projeções da economia. Tanto que há expectativa no anúncio dos  parâmetros para manutenção do benefício até dezembro. Sinalizações sobre o programa Renda Brasil, que irá substituir o auxílio, também são esperadas. Na semana passada, o governo suspendeu a divulgação pela discordância do presidente Jair Bolsonaro à proposta do ministro Paulo Guedes, que propôs uma unificação de alguns benefícios sociais para custear o programa, o que não foi muito bem recebido pelo chefe do executivo. A expectativa do mercado, para projetar o crescimento da economia para os próximos anos, é ver se os gastos públicos serão priorizados ou haverá um sinal claro de retomada da agenda reformista. Atualmente, a previsão do PIB do Brasil para 2021 e 2022 continua estável em 3,50% e 2,5%.

    ASSINE VEJA

    Leia nesta edição: a multidão de calouros no mercado de ações, a 'lista negra' de Bolsonaro e as fraudes na pandemia
    A esperança dos novatos na bolsa Leia nesta edição: a multidão de calouros no mercado de ações, a ‘lista negra’ de Bolsonaro e as fraudes na pandemia ()
    Clique e Assine

    Inflação e Selic

    Além do PIB, o Focus traz outros importantes indicadores da economia brasileira. Um deles é o IPCA. A inflação, importante termômetro sobre o aquecimento do consumo, voltou a subir assim como a projeção do PIB. Segundo o boletim, o indicador deve encerrar 2020 com inflação de 1,78%, maior que a projeção da semana passada, de 1,71%. O valor está abaixo da meta definida pelo governo, de 4% neste ano, e também abaixo da tolerância da meta, que varia entre 2,50% e 5,50%. Apesar da inflação estar bem controlada e abaixo da meta do governo, vale acompanhar a pressão do indicador na retomada da economia brasileira. Para 2021, o valor foi revisto de 3,02% para 3% e para 2022 mantido em 3,50%.

    Continua após a publicidade

    A pesquisa mostrou também que a expectativa do mercado brasileiro sobre a taxa Selic se mantém igual à da semana anterior: em 2% para este ano, taxa atual. Apesar da preocupação com o risco fiscal, o Copom (Comitê de Política Monetária) deixou a porta aberta para novos cortes, porém o mercado financeiro ainda não aposta em mais ajustes da Selic neste ano. Entretanto, para 2021, a projeção que estava em 3% foi aumentada para 2,88%, Já o câmbio, que reflete as incertezas do Brasil e acaba sendo prejudicado pela baixa Selic, continua alto. A perspectiva do Focus é que o dólar fique em 5,20 no final de 2020. Para o final de 2021, a perspectiva permanece em 5 reais. 

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.