Fazer negócios no Brasil nunca foi tarefa fácil. Burocracia excessiva, carga tributária elevada e gargalos de infraestrutura, para citar apenas alguns exemplos, são obstáculos que emperram o desenvolvimento e, em maior ou menor grau, impedem o país de realizar seu verdadeiro potencial. Por isso mesmo, sobreviver e prosperar em meio a tantos desafios é algo que merece ser louvado — trata-se, afinal, de uma vitória da perseverança. Para reconhecer as companhias que se destacam nesse ambiente árduo, VEJA e sua mais jovem publicação, VEJA NEGÓCIOS, promoveram a primeira edição do prêmio As 100 Empresas Mais Influentes do Brasil, realizada na segunda-feira 29, no Hotel Palácio Tangará, em São Paulo, com a presença de presidentes das principais companhias do país.
Fruto de parceria entre a VEJA NEGÓCIOS e o LIDE — Grupo de Líderes Empresariais, a premiação elencou as 100 companhias que fazem a diferença no ambiente corporativo brasileiro. “Poderiam ser as maiores ou as mais rentáveis, mas são as mais influentes, que é o que importa”, disse Rubens Ometto, sócio controlador do Grupo Cosan, empresa com atuação destacada no agronegócio, na distribuição de combustíveis e na logística, e uma das premiadas no evento. O engenheiro de 74 anos, que assumiu o negócio da família em 1986 para transformá-lo num dos maiores conglomerados empresariais do país, foi convidado a subir ao palco para falar em nome dos empresários presentes. “Ser influente não é só ter poder econômico. É tocar a vida com retidão, se importar com as pessoas e usar essa influência para o bem do país”, disse.
Os grandes temas nacionais dominaram os discursos. O CEO do Grupo Abril e publisher de VEJA, Fabio Carvalho, destacou a necessidade de perseguir um país estável, com instituições fortes e responsabilidade fiscal dos governos. “Não haverá desenvolvimento econômico no Brasil e em nenhum lugar do mundo sem investimentos, e não há investimento sem o mínimo de segurança institucional”, afirmou. Fundador e co-chairman do LIDE, o ex-governador de São Paulo João Doria falou sobre o desafio de empreender por aqui. “Não é fácil ter companhias de sucesso em um país como o Brasil, com tantas intempéries e tantas variações econômicas”, disse Doria. “As nossas empresas de sucesso valem em dobro se comparadas àquelas que fazem o mesmo sucesso em lugares mais estáveis.” O evento contou ainda com uma homenagem a Abilio Diniz, o empresário que transformou a rede de supermercados Pão de Açúcar em uma das empresas mais influentes do país e que morreu em fevereiro passado, aos 87 anos.
O reconhecimento das empresas mais proeminentes do Brasil marcou também a chegada de VEJA NEGÓCIOS ao mercado, uma realização que reforça a confiança do Grupo Abril no país e na contribuição de nossa cobertura jornalística para o cenário nacional. “Nosso objetivo é fazer sempre um jornalismo de alto padrão, independente e alinhado com os valores que defendemos. Além de informações exclusivas, temos por tradição uma abordagem analítica, que aponta erros e cobra melhorias. Mas sabemos também destacar os bons exemplos, as pessoas, iniciativas e empresas que servem de inspiração para os que desejam vencer”, disse Mauricio Lima, diretor de redação de VEJA e VEJA NEGÓCIOS.
Com a primeira edição lançada em 26 de abril, a nova revista será mensal e estará disponível nas versões impressa e digital. Seu foco será a cobertura de negócios, com o olhar voltado para todos os aspectos que dizem respeito a esse universo — inovação, gestão, tecnologia, finanças, agenda ESG, entre muitos outros. Como não poderia deixar de ser, os grandes assuntos macroeconômicos — questões fiscais, reformas estruturais e o que de mais relevante movimentar a agenda em Brasília — também estarão contemplados na nova publicação. Com o lançamento do projeto editorial, ganham os leitores, que passam a contar com uma importante fonte para a obtenção de informações confiáveis e de qualidade, preceitos que vêm marcando a trajetória do Grupo Abril em seus 74 anos de história.
Publicado em VEJA de 3 de maio de 2024, edição nº 2891