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Petrobras anuncia corte de 7,08% nos preços da gasolina nas refinarias

Este é o 4º corte seguido no preço do combustível desde julho; Política de Paridade de Preços, anteriormente criticada, é o que puxa os ajustes para baixo

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 set 2022, 15h07 - Publicado em 1 set 2022, 10h43

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 1º, uma nova redução nos preços da gasolina. O litro do combustível será vendido a 3,28 reais nas refinarias a partir de sexta-feira, 2, diminuindo em 7,08% o preço médio do litro, que hoje é comercializado em 3,53 reais. Essa é a quarta queda consecutiva nos preços da gasolina desde julho.

Dez minutos após o anúncio da petroleira, o presidente Jair Bolsonaro comemorou a queda dos preços da gasolina em sua conta oficial do Twitter. Na véspera, em entrevista ao SBT, ele havia dito que esperava uma ‘boa notícia’ nos combitíveis até essa sexta-feira, devido à prática do novo presidente da Petrobras, Caio Mario Paes de Andrade. “Combustíveis… toda semana temos uma boa notícia. Hoje é quarta-feira. Eu acho que até sexta vai ter mais uma boa notícia, porque tá sendo uma prática do novo presidente da Petrobras.” Andrade é o terceiro mandatário da companhia no ano, alçado após fritura pública de seus antecessores devido a ajustes para cima no preço dos combustíveis, para acompanhar os preços internacionais.

Para além da troca de comando na petroleira, o cenário internacional é o que de fato puxa a queda dos preços nas refinarias e também nas bombas do país. Isso porque a estatal utiliza a política de paridade dos preços do combustível internacional, duramente criticada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no início do ano, quando os preços do petróleo bateram recorde e os combustíveis aqui foram ajustados para cima com a eclosão da guerra entre Rússia e Ucrânia. “Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, diz a estatal em comunicado. 

Com o passar dos meses da guerra e o aumento de risco de recessão em grandes economias, o preço do barril começou a cair. Por exemplo, o preço do petróleo cai por causa do desempenho fraco da economia chinesa. O barril é negociado a 93,81 dólares (por volta das 10h40 do horário de Brasília). No início da guerra entre Rússia e Ucrânia, o barril chegou a bater 140 dólares. Quanto ao outro fator que faz parte da política de preços, que é o câmbio, o dólar opera em 5,17 reais.

A queda dos preços da gasolina é um dos principais motivos de o país ter registrado deflação em julho — e a provável deflação também em agosto, indicada já na prévia do IPCA. Na ocasião, os preços caíram 15% devido ao estabelecimento de um teto do ICMS para itens essenciais, de 18%, que fez a alíquota baixar nos estados e reduziu o preço na bomba. Depois isso, a Petrobras passou a anunciar a redução nos preços das refinarias, que pode contribuir com uma maior desaceleração nos preços também no índice de preços de agosto. A inflação é uma das principais preocupações do governo Bolsonaro às vésperas das eleições. Segundo pesquisas eleitorais, a queda dos preços é sentida pelo consumidor e creditada ao governo.

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