Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Petrobras anuncia que preço do gás natural vai subir até 39% em maio

Reajuste é trimestral e aumento está relacionado com alta do petróleo e custo de transporte; decisão da Opep+ sobre produção deve estabilizar preços

Por Diego Gimenes
Atualizado em 5 abr 2021, 18h10 - Publicado em 5 abr 2021, 16h51
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Os brasileiros terão de lidar com mais um reajuste de preços a partir de 1° de maio. Após passarem por apuros com os alimentos, os planos de saúde, os combustíveis e, mais recentemente, com a inflação dos medicamentos, aqueles que precisam comprar gás natural terão de fazer as contas e realinhar o orçamento nas próximas semanas. A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 5, que o preço do produto para as distribuidoras vai subir 39% em reais por metros cúbicos (R$/m³), enquanto o aumento na cotação em dólar por bilhão de BTU (US$/MMBtu) será de 32%, na comparação com o trimestre encerrado em dezembro.

    O reajuste é percentualmente expressivo porque ocorre trimestralmente, ou seja, apenas de três em três meses. A alta reflete a subida de preços já observada em outros combustíveis, como a gasolina e o diesel. No acumulado do ano, a gasolina registra alta de 40,76%, enquanto o diesel, de 36,14%. A Petrobras relaciona o reajuste do gás natural com o aumento do preço do petróleo — que subiu 38% de janeiro a março –, e aos custos com transporte, calculados pelo IGP-M, que cresceram 31% no período, segundo a companhia.

    A Petrobras ainda informou que o preço final para o consumidor depende de outras variáveis, como as margens das distribuidoras e dos postos de revenda, além dos tributos federais e estaduais.

    As restrições na produção mundial de petróleo impostas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) explicam muito os reajustes neste primeiro trimestre do ano, uma vez que, com menos petróleo no mercado, a tendência era de que os custos subissem. A entidade justificou os cortes pela baixa demanda mundial, em função da segunda onda de Covid-19. Todavia, mesmo com o relaxamento gradual dessas medidas entre os meses de maio e julho, anunciado pela companhia na última quinta-feira, 1°, os preços não devem baixar significativamente. “Não acredito que seja decisivo para o preço final porque o afrouxamento é gradual e lento”, analisa Thadeu Silva, chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone.

    A retomada da produção da commodity acontece num período em que naturalmente a demanda por petróleo dispara do Hemisfério Norte, em vista que o fim do inverno estimula a mobilidade urbana. Para se ter uma ideia, os dados semanais de consumo de derivados de petróleo nos Estados Unidos mostram que a semana passada foi a melhor para o segmento desde março de 2020, quando a pandemia do novo coronavírus eclodiu por lá. Os números foram divulgados pela Agência Americana de Informação sobre Energia (EIA, sigla em inglês).

    Outro fator que explica a demanda maior pelo produto, e, consequentemente, o fato de que os preços não devem baixar tão cedo, é a vacinação em massa da população contra a doença, que incentiva os americanos a se locomoverem pelo país. “Não prevejo uma mudança radical no cenário dos combustíveis nos próximos meses”, pontua Silva. Diante dessas variáveis, os preços da gasolina, do diesel e do gás natural devem se manter nos atuais patamares por um bom tempo.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.