A Petrobras anunciou a assinatura de um acordo de venda de ativos para a francesa Total por 2,225 bilhões de dólares. Desse total, 1,675 bilhão de dólares à vista serão pagos à vista.
O acordo inclui a venda de áreas do pré-sal e a participação em refinarias. O negócio já havia sido anunciado em dezembro, como parte de uma aliança estratégica entre as companhias.
O negócio prevê ainda que uma linha de crédito 400 milhões de dólares, que pode ser acionada pela Petrobras, além de pagamentos contingentes de 150 milhões de dólares.
A transação envolve a cessão de 22,5% dos direitos na área de concessão de Iara, que inclui os campos de Sururu, Berbigão e Oeste de Atapu.
A Petrobras continuará como operadora e também deterá a maior participação na área, de 42,5%. A BG E&P Brasil (da Shell), com 25%, e a Petrogal Brasil, com 10%, também fazem parte desse consórcio.
Já no campo de Lapa, que iniciou operação em dezembro de 2016, a cessão de direitos é de 35%, com a transferência da operação para a Total e fatia de 10% para a Petrobras. Também participam a BG E&P Brasil com 30% e a Repsol Sinopec Brasil, com 25%.
Também foi concluída a venda de 50% de participação da estatal para a Total na Termobahia, incluindo as térmicas Rômulo de Almeida e Celso Furtado -as duas térmicas estão ligadas ao terminal de regaseificação de São Francisco do Conde, no mesmo Estado.
A transação ainda inclui a opção de aquisição de 20% de participação no bloco 2 da área de Perdido Foldbelt, no Golfo do México, “assumindo apenas as obrigações futuras proporcionais à sua participação”, como explica a Petrobras em fato relevante.
Outros pontos da aliança estratégica são estudos conjuntos nas áreas exploratórias da Margem Equatorial e na área sul da Bacia de Santos e parceria tecnológica nas áreas de petrofísica digital, processamento geológico e sistemas de produção submarinos.
A conclusão das operações está sujeita a aprovações dos órgãos reguladores competentes e ao potencial exercício do direito de preferência dos atuais parceiros na área de Iara, entre outras condições precedentes.
A Petrobras ressalta que o acordo é parte importante do plano de negócios e gestão 2017-2021, “ao intensificar o compartilhamento de informações, experiências e tecnologias, avançar no fortalecimento da governança corporativa, além de melhorar a financiabilidade da companhia, através de mitigação dos riscos, entrada de caixa e desoneração dos investimentos”.
Da parte da Total, conforme o comunicado, o negócio amplia presença no Brasil com a participação em novos campos da Bacia de Santos e entrada “na promissora cadeia de valor do gás natural.”
(Com Estadão Conteúdo)